Conteúdo publicado há 7 meses

Dólar sobe a R$ 4,906 após 'prévia do PIB' no Brasil; Bolsa também tem alta

O dólar subiu 0,74% e terminou o dia cotado a R$ 4,906 na venda. Mesmo com a alta de hoje, a moeda americana ainda acumula queda de 2,69% em novembro.

O Ibovespa também registrou alta, esta de 0,11%, e chegou aos 124.773,21 pontos — o maior patamar do ano. No mês, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) já subiu 10,28%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Agentes de mercado aproveitaram para comprar dólar. Com a moeda à vista perto dos R$ 4,85, importadores foram às compras, segundo explicaram especialistas à Reuters. Tradicionalmente, dezembro é marcado pelo envio de divisas ao exterior por parte de fundos e multinacionais, o que aumenta a demanda por dólar — e, consequentemente, preço.

No Brasil, destaque para a divulgação da "prévia do PIB". O IBC-Br do Banco Central recuou 0,06% em setembro em relação a agosto — leitura bem abaixo da expectativa de alta de 0,2%, de acordo com pesquisa da Reuters. No terceiro trimestre, a queda é de 0,64% frente aos três meses anteriores.

Presidente do BC diz que IBC-Br não muda expectativas de crescimento. "Foi o número de um mês. Precisamos pensar se isso muda as expectativas de crescimento para este ano, e achamos que não. Já existia a percepção de que esse trimestre teria uma desaceleração", disse Roberto Campos Neto durante participação no evento "E Agora, Brasil?", promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

Tivemos o IBC-Br com queda de 0,06%. Isso demonstra, na minha visão, uma melhora da perspectiva sobre a inflação no Brasil (...). O setor de serviços vinha apresentando resiliência e foi um dos últimos a recuar. Se isso continuar, dá mais munição para o BC cortar os juros de forma mais acelerada em 2024.
Lucas Almeida, sócio da AVG Capital

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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