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Bolsa sobe 1,06% e bate maior patamar da história; dólar fica em R$ 4,914

Desde segunda (11), o principal índice da Bolsa de Valores brasileira já saltou 2,95% Imagem: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Do UOL*, em São Paulo

14/12/2023 17h22Atualizada em 14/12/2023 18h20

O Ibovespa subiu 1,06% e chegou hoje aos 130.842,09 pontos. É o maior patamar da história, batendo o recorde nominal de 130.776,27 pontos alcançado em 7 de junho de 2021. Desde segunda (11), o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) já saltou 2,95%.

Já o dólar fechou o dia praticamente estável, com leve queda de 0,07%, vendido a R$ 4,914. Na semana, a moeda americana acumula perdas de 0,31% frente ao real.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado reage a mais um corte nos juros básicos no Brasil. Ontem (13), o Banco Central decidiu reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. Segundo o BC, "o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia", que mantém a trajetória de desinflação.

Dados fracos do varejo em outubro também repercutem no pregão. As vendas do varejo caíram 0,3% no mês passado, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na comparação com outubro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas cresceram 0,2%.

Perspectiva de queda nos juros americanos segue no radar. O Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) decidiu manter os juros na faixa de 5,25% a 5,5%, em função do enfraquecimento da economia, e sinalizou três cortes em 2024. A perspectiva de juros mais baixos animou os mercados — especialmente os emergentes.

Juros mais baixos nos EUA costumam beneficiar o real e a Bolsa. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa americano, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir as taxas em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

Boa parte do movimento de alta [do Ibovespa] hoje se deve ao clima mais otimista no exterior, que pode ajudar o Banco Central aqui no Brasil a acelerar - na medida do possível - o corte da Selic em 2024.
Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital

(*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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