Mesmo após escândalos da Lava Jato, procura por estágio na Odebrecht é alta
Relatos de ex-funcionários de empresas investigadas na Lava Jato mostram o temor de que essas experiências possam ter um peso negativo em seus currículos. Isso parece não ter afetado o interesse de jovens profissionais em trabalhar para a empreiteira Odebrecht, que esteve envolvida em episódios de corrupção.
A empreiteira abriu, nesta semana, inscrições para seu programa de estágio de férias em 2018. Nos três primeiros dias, recebeu cerca de 3.600 inscrições de universitários interessados em disputar uma das 50 vagas disponíveis.
As inscrições começaram na segunda-feira (18) e vão até 18 de outubro. Se seguir nesse ritmo, com média de 1.200 inscritos ao dia, pode superar a procura pelo último processo seletivo, quando mais de 20 mil candidatos fizeram cadastro.
Estágio em sete Estados
No estágio de férias, 50 selecionados trabalham em empresas do grupo Odebrecht durante o recesso das universidades.
Os escolhidos poderão trabalhar em áreas como produção, projetos, planejamento, equipamentos, financeira, logística e recursos humanos, nas empresas Odebrecht Engenharia & Construção, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht TransPort.
A empresa afirma que os estagiários recebem bolsa auxílio, mas não informou o valor, além de seguro de vida, vale-refeição (ou alimentação no refeitório) e vale-transporte (ou ônibus fretado).
Podem participar quem está cursando a partir do quarto semestre de graduação em Administração, Ciências Contábeis, Comunicação, Economia, Engenharia, Estatística, Direito e Psicologia.
As vagas estão disponíveis em sete Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.
O grupo afirma que o programa "é a principal porta de entrada da Odebrecht, já que os estudantes são avaliados para contratações futuras como estagiários regulares e trainees".
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