Ter uma reserva financeira para emergências é essencial para a garantia da tranquilidade das finanças da família, ainda mais em tempos de economia ruim.
Isso ajuda a enfrentar imprevistos, como perda de um emprego, doença ou problemas com o carro.
"Se a partir de hoje você não mais recebesse o seu ganho mensal, por quanto tempo conseguiria manter seu atual padrão de vida? Essa é a pergunta que vai fazer qualquer pessoa perceber a importância de ter uma reserva financeira", afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.
"As pessoas reconhecem a importância da reserva quando vivem um momento de crise, mas o momento ideal da construção dessa reserva é quando tudo está bem", afirma o educador financeiro Conrado Navarro, do site Dinheirama.
Reserva financeira é investimento?
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A reserva financeira não é investimento, mas um colchão de segurança, um dinheiro para eventos inesperados. E só deve ser usada nesses casos.
"A reserva não tem a ver com aposentadoria, nem com troca de carro, compra da casa própria ou viagens. Ela é uma forma de se proteger", diz Navarro.
Quem deve fazer a reserva?
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Todas as pessoas devem fazer uma reserva financeira. O tamanho varia de acordo com o risco de cada caso.
Reserva ideal: pelo menos seis meses das despesas da família
Despesas mensais de R$ 5.000 = reserva de pelo menos R$ 30 mil
Valor pode ser maior ou menor, conforme a profissão
Funcionário público com estabilidade: de quatro a seis meses
Empresário, profissional liberal ou autônomo: de seis a dez meses
Onde aplicar o dinheiro da reserva?
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Ao poupar para emergências, a prioridade é ter o dinheiro numa aplicação bastante conservadora e fácil de resgatar.
Poupança era ideal até meados de 2014, mesmo com rentabilidade baixa
Agora é superada pela inflação e não vale mais, diz Conrado Navarro
Sugestão do especialista: títulos indexados à Selic pelo Tesouro Direto, que valem mesmo com o Imposto de Renda, segundo ele
Não sobra dinheiro para a reserva, e agora?
Não é possível arrumar dinheiro para investir sem tirar de algum lugar.
Família tem de apertar o cinto, fazer as contas e ver onde dá para economizar
Ou corta gastos ou gera mais renda como uma fonte extra, um segundo trabalho, um hobby que dá para vender, afirma Conrado Navarro
Toda a família deve participar, diz Reinaldo Domingos. "É importante perceber que está juntando para garantir os sonhos."