Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

ANÁLISE

Cenários externo e interno criam condições desfavoráveis para a Bolsa hoje

Cris Fraga/Estadão Conteúdo
Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Rafael Bevilacqua

15/03/2022 09h30

Esta é a versão online para a edição de hoje da newsletter Por Dentro da Bolsa. Para assinar este e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui.

O Ibovespa —principal índice de ações da Bolsa de Valores brasileira— se depara com um cenário adverso nesta terça-feira (15), tanto no exterior quanto no noticiário doméstico.

Lá fora, as commodities operam em queda diante da retomada das negociações entre Rússia e Ucrânia por um cessar-fogo, além da implementação de novos lockdowns na China em virtude de um novo surto de coronavírus no país.

Assim, o minério de ferro negociado no porto de Dalian, na China, fechou em queda de 4,61%, a US$ 118,63 a tonelada, enquanto o petróleo opera em queda, testando a barreira de US$ 100 o barril.

Por mais que um avanço nas tratativas diplomáticas entre Rússia e Ucrânia seja desejado pelo mercado, as quedas das commodities são negativas para algumas das companhias com maior peso no Ibovespa, dentre as quais merecem destaque a mineradora Vale (VALE3), com peso de cerca de 16%, e a estatal Petrobras (PETR3/PETR4), com participação de aproximadamente 11% no índice.

Além disso, no cenário doméstico, investidores monitoram a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desde a eclosão do conflito na Ucrânia, que contribuiu para uma rápida deterioração das projeções para a inflação neste ano.

De acordo com o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC), a inflação estimada para 2022 subiu de 5,65% na última semana para 6,45%, sendo que o teto da meta para o ano é de 5%. Assim, espera-se que o BC adote um tom mais duro no combate à alta de preços, e a Selic —a taxa básica de juros— projetada para o final 2022 saiu de 12,25% para 12,75% ao ano.

Os investidores brasileiros aguardam agora a decisão do Copom para a taxa de juros e mais informações sobre como os bancos centrais enxergam a pressão inflacionária trazida pelo conflito no leste europeu, que entra em seu vigésimo dia de duração.

No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre a nova proposta da Aliansce Sonae para a fusão com a brMalls.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

Queremos ouvir você

Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.