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ANÁLISE

BC manda aviso claro: alta dos juros no Brasil ainda não acabou

Rafael Bevilacqua

21/06/2022 10h04

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Após ter elevado a Selic, a taxa básica de juros do Brasil, em 0,5 ponto percentual na última reunião, para 13,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou uma nova elevação da taxa no próximo encontro.

A ata da reunião deste mês revelou que os membros do Copom ponderaram sobre os riscos inflacionários presentes no cenário atual e chegaram à conclusão de que apenas a manutenção dos juros no patamar atual por um período prolongado pode ser insuficiente para trazer a inflação de volta para a meta, cujo teto é de 5% em 2023.

Dessa forma, as autoridades monetárias concluíram que uma nova elevação da Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano, seria apropriada, tendo em vista o cenário de incerteza e deterioração das projeções para a inflação.

"O Comitê optou, então, por sinalizar um novo ajuste de igual ou menor magnitude. Essa estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante", diz o documento.

Ao sinalizar um ajuste de igual ou menor magnitude, o Copom revela que deve avaliar a trajetória da inflação ao longo das próximas semanas, para então definir se a elevação da Selic será de 0,5 ou 0,25 ponto percentual.

O anúncio confirma as expectativas do mercado e deve exercer pouca influência sobre as curvas de juros. Contudo, abre espaço para que alguns investimentos em renda fixa ofereçam uma rentabilidade atrativa no curto prazo, especialmente aqueles cujos rendimentos estão atrelados à Selic.

De qualquer forma, a ata traz um aviso claro: a alta dos juros no Brasil ainda não acabou.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a troca de comando na Natura.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.