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ANÁLISE

Gol tem alívio, mas viagens ainda vão demorar para se recuperar

Gol: passagens caras e custos altos ainda afligem a empresa - Divulgação
Gol: passagens caras e custos altos ainda afligem a empresa Imagem: Divulgação

Research do Pagbank

06/09/2022 15h48

A Gol (GOLL4) anunciou os números prévios de seu tráfego para o mês de agosto. Depois de consecutivas quedas na demanda e oferta de voos, a empresa reportou uma alta nos números. Mas, mesmo com esse número positivo depois de cinco meses registrando quedas nas taxas de ocupação, as ações da companhia apresentam baixa de 4,9% às 11h30, sendo cotadas a R$ 9,50.

Os números da oferta total (ASK) da GOL aumentaram em 43,9%, enquanto o total de assentos cresceu em 41,4% e o número de decolagens evoluiu 44,9%. A demanda total (RPK) da GOL aumentou em 46,3% e a taxa de ocupação foi de 81,5%, crescendo 1,3 pontos percentuais.

Ao olhar por mercado, no doméstico, a oferta (ASK) da GOL aumentou 29,7% e a demanda (RPK) cresceu em 31,7%. A taxa de ocupação doméstica da GOL foi 81,4%. O volume de decolagens aumentou 39,1% e o total de assentos cresceu 36,1%.

No mercado internacional, após um longo período fechado, a oferta (ASK) foi de 323 milhões, a demanda (RPK) da GOL foi 266 milhões e a taxa de ocupação foi 82,3%.

Vale destacar que a companhia registrou fraco resultado no segundo trimestre de 2022, com prejuízo de R$ 2,85 bilhões, contra lucro líquido de R$ 658 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Por outro lado, a sua geração operacional de caixa, medida pelo EBITDA recorrente, veio melhor, com a Gol registrando R$ 439 milhões no 2º trimestre deste ano, contra prejuízo de R$ 547,4 milhões na comparação com o mesmo período do 2021.

Gol ainda não vê luz no fim do túnel: A companhia vem apresentando aumento em sua demanda, ainda vislumbrando um longo caminho para que a demanda e a oferta de voos voltem a se estabilizar, abrindo a possibilidade de uma diluição de seus custos e despesas.

O cenário vem melhorando, haja vista que estamos vislumbrando inflação reduzindo e recentemente queda, mesmo que pequena, no querosene de aviação.

Esses dois fatores podem contribuir positivamente para as empresas áreas. Por outro lado, as companhias aéreas já sinalizaram elevações de preço das passagens aéreas, o que pode acabar mantendo ou diminuindo a demanda por voos.

Apesar do preço alvo de R$ 15 para Gol, representando um potencial de valorização de 57%, segundo levantamento da Bloomberg, entendemos que esse valor pode não se materializar no curto e médio prazo e que existem outras opções de empresas na bolsa que podem se beneficiar do atual momento global que estamos vivendo.

Entendemos que os desafios para essas empresas serão grandes, visto que a situação continua desfavorável para as companhias que detém grande parte de seu custo em dólar e por conta da grande volatilidade no preço do petróleo.

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