O que especialistas preveem para o bitcoin e os criptoativos em 2024
Com o mercado de criptoativos voltando a todo vapor, as perspectivas em torno da rentabilidade para esta classe de ativo em 2024 reassumiram um otimismo não visto desde 2021. Em linha com a esperança que vem se instalando desde o segundo semestre deste ano, trago nesta matéria algumas das previsões mais otimistas para o mercado de criptoativos em 2024 feitas por nomes e entidades de peso no mercado financeiro de ativos digitais.
É importante frisar que todas essas previsões são um tanto otimistas e todas essas figuras, apesar de serem formadores de opinião de grande reputação, trazem opiniões "suspeitas", já que quase todas as entidades citadas disponibilizam ou em breve lançarão produtos atrelados a ativos digitais.
VanEck, gestora americana com US$ 45,5 bilhões em ativos sob gestão
A equipe de pesquisa da gestora VanEck publicou uma longa lista de previsões para 2024, que preveem desde o resultado da eleição presidencial americana — antevendo um retorno do ex-presidente Donald Trump — até uma recessão para a maior economia do mundo se instalando na primeira metade do ano que vem.
Apesar da previsão pessimista para a economia americana como um todo, os analistas da VanEck preveem que o bitcoin deve superar sua máxima histórica (US$ 68,789), até arriscando uma data específica para essa ocorrência (09/11/2024, exatamente três anos após seu último auge de preço, que foi registrado em 2021).
Entre as justificativas dadas para tal otimismo, a gestora cita a aprovação do ETF (sigla em inglês para Fundos Negociados em Bolsa) à vista do bitcoin nos EUA, prevista para janeiro.
Segundo a equipe de pesquisa da gestora, o novo veículo de investimentos deve conduzir ao ativo digital um fluxo de capital volumoso de US$ 1 bilhão nos dias imediatamente após o lançamento dos primeiros ETFs e outros US$1,5 bilhões até o final do primeiro trimestre de 2024, impulsionando o preço de seu ativo subjacente (bitcoin) a novas alturas.
Também foram citados pelos analistas o halving -- evento previsto para abril que reduzirá o número de novos bitcoins criados diariamente de ~900 para ~400, instalando uma nova dinâmica de oferta e demanda que tende a elevar seu preço.
Ark Invest, gestora americana com US$ 13,1 trilhões em ativos sob gestão
Cathie Wood, CEO da Ark Invest, gestora focada em teses de investimento relacionadas ao setor de tecnologia, enxerga a liberação do ETF à vista de bitcoin nos EUA como um grande avanço regulatório para a classe de ativos digitais. Segundo a CEO, o lançamento do ETF mudará a maneira como o mundo das finanças tradicionais enxerga os ativos digitais.
Wood também destacou a parceria firmada entre a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, e a Coinbase, a maior exchange de criptomoedas dos EUA, que será responsável pela custódia do ETF a ser lançado pela gestora. A CEO da Ark aponta a colaboração entre as duas entidades como um indício da maturidade do setor de ativos digitais, que deve fomentar o ingresso de outros investidores institucionais, gerando maior facilidade e segurança de acesso para os investidores americanos.
MicroStrategy, empresa de tecnologia dona de 144.530 bitcoins
MicroStrategy—empresa que comercializa serviços de dados de negócios, software para celulares e serviços em nuvem—é famosa por ter uma das maiores posições em bitcoins do mundo (+ US$6 bilhões).
Através de entrevistas concedidas pelo seu CEO, Michael Saylor, a empresa destacou a liberação do ETF de bitcoin à vista nos EUA como um "divisor de águas", que deve estimular um novo patamar de adoção e notoriedade entre o grande público investidor.Em
relação ao halving, Saylor entende que o evento ocasionará uma redução de 50% no montante de US$ 1 bilhão de dólares em bitcoins minerados todo mês, enquanto a demanda pelo token pode, de forma simultaneamente, dobrar. Segundo o CEO da MicroStrategy, a confluência desses dois fatores pode elevar o preço do bitcoin para até US$350,000 antes do final de 2024.
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