Só para assinantesAssine UOL

Elétricas pagam menos dividendos no semestre, mas devem melhorar até dezembro

Os primeiros cinco meses do ano mostram recorde de pagamentos de dividendos das companhias listadas na B3. Foram R$ 129 bilhões no período, o que representa um crescimento de 31% em relação a igual intervalo de 2023. Contudo, para as elétricas o cenário foi bem diferente. É o que mostra levantamento da Meu Dividendo a pedido do Suno Notícias.

A Meu Dividendo calcula que as empresas do setor elétrico distribuíram R$ 5,7 bilhões aos acionistas de janeiro a maio deste ano, um recuo de 28% contra os cincos primeiros meses de 2023. Somente a Petrobras (PETR4), por exemplo, pagou R$ 18,7 bilhões no período entre dividendos obrigatórios e extraordinários.

"Isso se deve ao não-pagamento de proventos aos acionistas no período", explica o CEO da plataforma, Wendell Finotti, mostrando que Eletropar (LIPR3), Energisa (ENGI11), Rede Energia (REDE3), Coelba (CEEb3) e EDP (EMBR3) não pagaram dividendos, ou juros sobre capital próprio (JCP), no período e a Alupar (ALUP11) pagou menos.

"O setor vive fase de consolidação, especialmente na distribuição", comentou Finotti, lembrando que Energia e Equatorial (EQTL3), por exemplo, adquiriram empresas. Os leilões ocorridos nos dois últimos anos também impactaram o setor – e aqui inclua-se a Eletrobras (ELET3).

Por outro lado, a Eletrobras e a Taesa (TAEE11) individualmente se destacam neste ano. A primeira não pagou em 2022 (ano da privatização), mas entre janeiro e maio de 2023 desembolsou R$ 896 milhões e, no mesmo período deste ano, pagou R$ 1,3 bilhão, um avanço de 48%. A Taesa, por sua vez, remunerou os acionistas em 2022, com R$ 800 milhões; em 2023, R$ 460 milhões, e, em 2024, R$ 619 milhões, sempre considerando os cinco primeiros meses de cada ano.

E o próximo semestre?

Para o CEO do Meu Dividendo, o segundo semestre, contudo, será melhor para as elétricas. Ele comenta que é característica do setor provisionar pagamentos para dezembro – aliás, como a Companhia Energética de Brasília (CEB) e Cemig (CMIG4) já o fazem.

Em relação à modalidade JCP, ele prevê que responderão por 40% dos pagamentos, no final deste ano, contra atuais 36% do total.

Já sobre a queda do Ibovespa neste primeiro semestre ele tranquiliza investidores, não se preocupando em relação ao pagamento futuro de juros e JCP, uma vez que o movimento agora é de especulação e projeção de expectativas, coisa diferente do resultado real das companhias.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

Deixe seu comentário

Só para assinantes