Queda do petróleo causa nervosismo nas bolsas
Londres, 26 Jan 2016 (AFP) - Os movimentos erráticos da cotação do petróleo repercutiram nesta terça-feira nas bolsas europeias, que abriram em queda, seguindo as asiáticas, antes de se reerguerem impulsionadas pela recuperação do petróleo.
Wall Street, que na segunda-feira fechou em baixa, começou a sessão com altas moderadas.
Os principais índices europeus abriram em queda, mas foram se recuperando. O índice FTSE-100 de Londres subiu 0,59%, o Dax-30 de Frankfurt, 0,89% e o CAC-40 de Paris, 1,05%. O Ibex-35 de Madri subiu 1,46%.
A recuperação das praças financeiras acompanhou a melhora do mercado de petróleo, que voltou a ser cotado acima dos 30 dólares o barril, após a forte queda da véspera provocada por um persistente excesso da oferta em um mercado sem vigor.
Até as 11H30 GMT (09h30 de Brasília), o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março era negociado no Intercontinental Exchange (ICE) de Londres a 30,70 dólares, uma alta de 20 centavos em relação a segunda-feira.
No mercado eletrônico de Nova York (Nymex), o barril de "light sweet crude" (WTI) com o mesmo prazo subiu 7 centavos, a 30,41 dólares.
Na Rússia, que obtém metade de suas receitas do petróleo e do gás, a bolsa de Moscou se recuperou, com alta de 0,71%, depois de ter registrado perdas de 3,5% no início da sessão.
Os termos da equação não variaram: os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuam se negando a limitar sua produção de cru, inundando o mercado em um momento em que a demanda se reduz pela desaceleração da China.
Vários analistas evocavam rumores de discussões no interior da Opep para convocar uma reunião de urgência, assim como discussões entre o cartel e a Rússia sobre reduções da produção.
"Enquanto não houver visibilidade na oferta e a demanda seguir caindo, o barril seguirá em baixa", estimam os analistas da Aurel BGC.
"Uma queda acelerada acompanhando os mercados chineses demonstra que os investidores continuam nervosos", opinam os especialistas da Aurel BGC. A bolsa de Xangai, que já havia perdido 17% desde o início do ano, voltou a cair mais de 6% nesta terça. A Bolsa de Shenzhen também sofreu uma queda de mais de 7%.
Esses descalabros aconteceram apesar do anúncio das autoridades chinesas de uma injeção de 440 bilhões de iuanes (67 bilhões de dólares) no sistema financeiro para responder à necessidade de liquidez antes das festas do Ano Novo lunar no início de fevereiro.
Os retrocessos, menos brutais, também afetaram o índice Nikkei de Tóquio, que caiu 2,35%, e o Hang Seng de Hong Kong, que recuou 2,5%.
A baixa atingiu Wall Street na segunda-feira, quando o Dow Jones caiu 1,29% e o Nasdaq 1,58%, mas nessa terça as praças nova-iorquinas operam em alta desde a abertura.
A alta da bolsa na semana passada foi impulsionada pelas expectativas de medidas de reativação previstas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco do Japão, assim como pela recuperação do preço do barril. Os investidores, no entanto, rapidamente perderam as ilusões.
À espera do FedComo consequência desses temores, os investidores buscaram ativos tradicionais, como títulos da dívida de países considerados mais sólidos, como a Alemanha, que registrou uma redução de suas taxas de juros.
O euro desvalorizou-se em relação ao dólar, em um mercado sem direção clara, à espera dos resultados da reunião do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira à noite.
"O comunicado do Fed será muito importante para os investidores", afirmou Michael Hewson, da CMC Markets.
O Comitê de Política Monetária do Fed deu em dezembro o sinal de largada para o aumento dos juros, elevando-os em 0,25%, depois de mantê-los próximo de zero desde a crise financeira de 2008.
A decisão valorizou o dólar e aumentou a pressão sobre o iuane chinês.
"Os mercados apostam em três ou quatro altas [da taxa de juros do Fed] em 2016, especulou Hewson.
bur-fz/phv/js/pc/cc/mvv
Wall Street, que na segunda-feira fechou em baixa, começou a sessão com altas moderadas.
Os principais índices europeus abriram em queda, mas foram se recuperando. O índice FTSE-100 de Londres subiu 0,59%, o Dax-30 de Frankfurt, 0,89% e o CAC-40 de Paris, 1,05%. O Ibex-35 de Madri subiu 1,46%.
A recuperação das praças financeiras acompanhou a melhora do mercado de petróleo, que voltou a ser cotado acima dos 30 dólares o barril, após a forte queda da véspera provocada por um persistente excesso da oferta em um mercado sem vigor.
Até as 11H30 GMT (09h30 de Brasília), o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março era negociado no Intercontinental Exchange (ICE) de Londres a 30,70 dólares, uma alta de 20 centavos em relação a segunda-feira.
No mercado eletrônico de Nova York (Nymex), o barril de "light sweet crude" (WTI) com o mesmo prazo subiu 7 centavos, a 30,41 dólares.
Na Rússia, que obtém metade de suas receitas do petróleo e do gás, a bolsa de Moscou se recuperou, com alta de 0,71%, depois de ter registrado perdas de 3,5% no início da sessão.
Os termos da equação não variaram: os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuam se negando a limitar sua produção de cru, inundando o mercado em um momento em que a demanda se reduz pela desaceleração da China.
Vários analistas evocavam rumores de discussões no interior da Opep para convocar uma reunião de urgência, assim como discussões entre o cartel e a Rússia sobre reduções da produção.
"Enquanto não houver visibilidade na oferta e a demanda seguir caindo, o barril seguirá em baixa", estimam os analistas da Aurel BGC.
"Uma queda acelerada acompanhando os mercados chineses demonstra que os investidores continuam nervosos", opinam os especialistas da Aurel BGC. A bolsa de Xangai, que já havia perdido 17% desde o início do ano, voltou a cair mais de 6% nesta terça. A Bolsa de Shenzhen também sofreu uma queda de mais de 7%.
Esses descalabros aconteceram apesar do anúncio das autoridades chinesas de uma injeção de 440 bilhões de iuanes (67 bilhões de dólares) no sistema financeiro para responder à necessidade de liquidez antes das festas do Ano Novo lunar no início de fevereiro.
Os retrocessos, menos brutais, também afetaram o índice Nikkei de Tóquio, que caiu 2,35%, e o Hang Seng de Hong Kong, que recuou 2,5%.
A baixa atingiu Wall Street na segunda-feira, quando o Dow Jones caiu 1,29% e o Nasdaq 1,58%, mas nessa terça as praças nova-iorquinas operam em alta desde a abertura.
A alta da bolsa na semana passada foi impulsionada pelas expectativas de medidas de reativação previstas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco do Japão, assim como pela recuperação do preço do barril. Os investidores, no entanto, rapidamente perderam as ilusões.
À espera do FedComo consequência desses temores, os investidores buscaram ativos tradicionais, como títulos da dívida de países considerados mais sólidos, como a Alemanha, que registrou uma redução de suas taxas de juros.
O euro desvalorizou-se em relação ao dólar, em um mercado sem direção clara, à espera dos resultados da reunião do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira à noite.
"O comunicado do Fed será muito importante para os investidores", afirmou Michael Hewson, da CMC Markets.
O Comitê de Política Monetária do Fed deu em dezembro o sinal de largada para o aumento dos juros, elevando-os em 0,25%, depois de mantê-los próximo de zero desde a crise financeira de 2008.
A decisão valorizou o dólar e aumentou a pressão sobre o iuane chinês.
"Os mercados apostam em três ou quatro altas [da taxa de juros do Fed] em 2016, especulou Hewson.
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