Moradores da favela mais populosa da Venezuela imploram por comida
Caracas, 10 Jun 2016 (AFP) - Uma multidão atacou nesta quinta-feira dois caminhões carregados de comida em Petare, a favela mais populosa da Venezuela, provocando a mobilização de 200 policiais e militares.
"Tudo isto para comprar farinha e arroz", disse Marlyn González à AFP, enquanto centenas de militares transitavam pela região em motos e caminhões.
Efetivos de segurança dispersaram os protestos, resguardados por escudos que os manifestantes tentavam tirar aos empurrões na Redoma de Petare, zona nevrálgica do leste de Caracas que abriga dezenas de bairros humildes.
"O que nos vendem são dois quilos de arroz, dois quilos de farinha e às vezes nem se consegue, já estamos cansados por culpa deste governo que não serve para nada", lamentou González.
Embora a polícia tenha bloqueado o trânsito de veículos pelo setor, os vendedores informais mantiveram suas barracas abertas enquanto os vizinhos perambulavam pelas ruas.
O coordenador do Observatório Venezuelano de Conflito Social, Marco Ponce, informou que nos primeiros cinco meses do ano houve 254 saques ou tentativas de saque, e só em maio, 172 protestos em repúdio à escassez de alimentos.
Longas dilas, vigiadas pela polícia militar, se formam todos os dias nos supermercados para comprar alimentos subsidiados devido a uma severa escassez de mais de dois terços de produtos básicos que assola a Venezuela.
A tensão social aumenta. No centro de Caracas, deputados opositores e seus seguidores protestaram em frente à sede do poder eleitoral para exigir a data de ratificação das assinaturas que ativarão o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.
"Revogatório", "temos fome", repetiam, em coro, desde cedo, os opositores às portas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aonde em seguida chegaram grupos de chavistas, com os quais trocaram agressões, empurrões e gritos.
No tumulto, o líder do bloco opositor no Parlamento, Julio Borges, ficou ferido, após ter sido atingido com um tubo metálico e recebeu socos e pontapés de simpatizantes chavistas, constataram jornalistas da AFP.
Em outro ponto da cidade, na Praça Venezuela, dezenas de universitários enfrentaram com pedras e bombas incendiárias forças de segurança, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água, depois que os efetivos bloquearam uma marcha de estudantes rumo ao organismo eleitoral.
"Tudo isto para comprar farinha e arroz", disse Marlyn González à AFP, enquanto centenas de militares transitavam pela região em motos e caminhões.
Efetivos de segurança dispersaram os protestos, resguardados por escudos que os manifestantes tentavam tirar aos empurrões na Redoma de Petare, zona nevrálgica do leste de Caracas que abriga dezenas de bairros humildes.
"O que nos vendem são dois quilos de arroz, dois quilos de farinha e às vezes nem se consegue, já estamos cansados por culpa deste governo que não serve para nada", lamentou González.
Embora a polícia tenha bloqueado o trânsito de veículos pelo setor, os vendedores informais mantiveram suas barracas abertas enquanto os vizinhos perambulavam pelas ruas.
O coordenador do Observatório Venezuelano de Conflito Social, Marco Ponce, informou que nos primeiros cinco meses do ano houve 254 saques ou tentativas de saque, e só em maio, 172 protestos em repúdio à escassez de alimentos.
Longas dilas, vigiadas pela polícia militar, se formam todos os dias nos supermercados para comprar alimentos subsidiados devido a uma severa escassez de mais de dois terços de produtos básicos que assola a Venezuela.
A tensão social aumenta. No centro de Caracas, deputados opositores e seus seguidores protestaram em frente à sede do poder eleitoral para exigir a data de ratificação das assinaturas que ativarão o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.
"Revogatório", "temos fome", repetiam, em coro, desde cedo, os opositores às portas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aonde em seguida chegaram grupos de chavistas, com os quais trocaram agressões, empurrões e gritos.
No tumulto, o líder do bloco opositor no Parlamento, Julio Borges, ficou ferido, após ter sido atingido com um tubo metálico e recebeu socos e pontapés de simpatizantes chavistas, constataram jornalistas da AFP.
Em outro ponto da cidade, na Praça Venezuela, dezenas de universitários enfrentaram com pedras e bombas incendiárias forças de segurança, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água, depois que os efetivos bloquearam uma marcha de estudantes rumo ao organismo eleitoral.
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