Europeus pressionam por saída rápida de Londres da UE
Berlim, 25 Jun 2016 (AFP) - Os europeus pediram neste sábado ao Reino Unido que inicie o quanto antes o processo de saída da União Europeia. Ao mesmo tempo defenderam um novo impulso ao projeto europeu.
"Dizemos aqui, juntos, que esse processo tem começar o mais rápido possível", afirmou o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, junto a seus homólogos de França, Holanda, Itália, Bélgica e Luxemburgo.
"Devemos ter a chance de nos ocupar do futuro da Europa", acrescentou, reclamando da implementação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, a cláusula que evoca a possibilidade de una saída voluntária e unilateral da UE.
Os ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE se reuniram em Berlim para discutir sobre as consequências da decisão dos britânicos de sair do bloco.
Os mais diretos foram os presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, Jean-Claude Juncker e Martin Schulz, que criticaram o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Como Cameron disse que deixará o posto em outubro, a negociação da saída ficará para seu sucessor.
"Não é um divórcio amistoso, mas também não era uma grande relação amorosa", declarou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
"Não entendo por que o governo britânico precisa esperar até o mês de outubro para decidir se envia ou não a carta de o divórcio a Bruxelas. Gostaria de tê-la imediatamente", insistiu.
Para Martin Schulz, é "escandaloso" que Cameron espere até outubro, considerando que "todo o continente (europeu) se vê refém das reflexões internas do Partido Conservador britânico".
Londres deve invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa para dar início a longas negociações que determinarão a nova relação entre os britânicos e os europeus.
Sem esperar a ativação do processo, a União Europeia já designou neste sábado o diplomata belga Didier Seeuws para dirigir as negociações de separação com o Reino Unido.
- Novo primeiro-ministro -Os europeus pressionam Cameron para que deixe seu cargo rapidamente. "É preciso nomear um novo primeiro-ministro. Isso levará alguns dias, mas é urgente", disse o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, após a reunião em Berlim.
Seu homólogo holandês, Bert Koenders, também pediu para "virar a página o mais rápido possível", e o ministro luxemburguês Jean Asselborn expressou seu medo de que se brinque de "gato e rato", já que ninguém na UE pode forçar (a implementação) do artigo 50".
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou, contudo, que "isso não deverá durar uma eternidade".
"Enquanto o Reino Unido não o fizer e enquanto não houver um acordo (entre Londres e UE], o Reino Unido continua sendo um membro pleno da UE", acrescentou, lembrando que os eleitores escolheram que "que não querem ser membros da UE, nem membros do mercado comum".
"O Reino Unido tem que determinar (...) como vê suas relações com a UE, e depois nós, os 27, temos que decidir o que é aceitável da nossa parte, segundo nossos interesses", concluiu.
Os líderes europeus começaram neste sábado a tentar buscar as primeiras pistas para impulsionar novamente a UE -abalada por sucessivas crises-, deixando-a mais próxima aos cidadãos.
Os ministros dos seis países fundadores destacaram a necessidade de uma ação comum contra a crise econômica, o desemprego, a crise migratória e mesmo em matéria de segurança, depois dos recentes ataques extremistas em Paris e Bruxelas.
"Devemos apresentar essas respostas juntos e mostrar que a Europa não só é necessária como também é competente", afirmou Steinmeier, para quem essas respostas da UE serão sua "mensagem para Londres".
vl-cfe-alf/es/tjc/cc
"Dizemos aqui, juntos, que esse processo tem começar o mais rápido possível", afirmou o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, junto a seus homólogos de França, Holanda, Itália, Bélgica e Luxemburgo.
"Devemos ter a chance de nos ocupar do futuro da Europa", acrescentou, reclamando da implementação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, a cláusula que evoca a possibilidade de una saída voluntária e unilateral da UE.
Os ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE se reuniram em Berlim para discutir sobre as consequências da decisão dos britânicos de sair do bloco.
Os mais diretos foram os presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, Jean-Claude Juncker e Martin Schulz, que criticaram o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Como Cameron disse que deixará o posto em outubro, a negociação da saída ficará para seu sucessor.
"Não é um divórcio amistoso, mas também não era uma grande relação amorosa", declarou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
"Não entendo por que o governo britânico precisa esperar até o mês de outubro para decidir se envia ou não a carta de o divórcio a Bruxelas. Gostaria de tê-la imediatamente", insistiu.
Para Martin Schulz, é "escandaloso" que Cameron espere até outubro, considerando que "todo o continente (europeu) se vê refém das reflexões internas do Partido Conservador britânico".
Londres deve invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa para dar início a longas negociações que determinarão a nova relação entre os britânicos e os europeus.
Sem esperar a ativação do processo, a União Europeia já designou neste sábado o diplomata belga Didier Seeuws para dirigir as negociações de separação com o Reino Unido.
- Novo primeiro-ministro -Os europeus pressionam Cameron para que deixe seu cargo rapidamente. "É preciso nomear um novo primeiro-ministro. Isso levará alguns dias, mas é urgente", disse o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, após a reunião em Berlim.
Seu homólogo holandês, Bert Koenders, também pediu para "virar a página o mais rápido possível", e o ministro luxemburguês Jean Asselborn expressou seu medo de que se brinque de "gato e rato", já que ninguém na UE pode forçar (a implementação) do artigo 50".
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou, contudo, que "isso não deverá durar uma eternidade".
"Enquanto o Reino Unido não o fizer e enquanto não houver um acordo (entre Londres e UE], o Reino Unido continua sendo um membro pleno da UE", acrescentou, lembrando que os eleitores escolheram que "que não querem ser membros da UE, nem membros do mercado comum".
"O Reino Unido tem que determinar (...) como vê suas relações com a UE, e depois nós, os 27, temos que decidir o que é aceitável da nossa parte, segundo nossos interesses", concluiu.
Os líderes europeus começaram neste sábado a tentar buscar as primeiras pistas para impulsionar novamente a UE -abalada por sucessivas crises-, deixando-a mais próxima aos cidadãos.
Os ministros dos seis países fundadores destacaram a necessidade de uma ação comum contra a crise econômica, o desemprego, a crise migratória e mesmo em matéria de segurança, depois dos recentes ataques extremistas em Paris e Bruxelas.
"Devemos apresentar essas respostas juntos e mostrar que a Europa não só é necessária como também é competente", afirmou Steinmeier, para quem essas respostas da UE serão sua "mensagem para Londres".
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