Canal do Panamá ampliado é inaugurado com festa
Panamá, 26 Jun 2016 (AFP) - Depois de quase nove anos de gigantescas obras, um renovado e ampliado Canal do Panamá foi inaugurado neste domingo, para permitir a passagem de cargueiros de maior porte e multiplicar a capacidade comercial da rota estratégica.
Um grande navio chinês iniciou neste domingo a viagem inaugural pelos 80 quilômetros que ligam o Mar do Caribe ao Pacífico. Agora podem passar pela via as embarcações neopanamax, enormes navios de até 49 metros de largura por 366 metros de comprimento.
O primeiro navio, batizado para a ocasião como Cosco Shipping Panama e escolhido por sorteio, entrou pela esclusa de Agua Clara, no Caribe, e sairá pela eclusa de Cocolí, no Pacífico, após uma travessia de quase oito horas.
"Estamos muito felizes. É um grande dia, um dia de unidade nacional e um dia para o Panamá. Esta é uma rota que é usada por 500 anos e você não pode mudar a história. Esta é a rota que une o mundo, o Canal do Panamá", disse o presidente panamenho Juan Carlos Varela.
Milhares de pessoas receberam a embarcação, que pertence à empresa estatal chinesa China Cosco Shipping, entre aplausos, gritos e com bandeiras panamenhas, ao som da canção "Pátria" do ídolo do país Rubén Blades.
"Para nós este é um dia de muita satisfação, depois de tudo o que aconteceu, mas faz parte da vida", afirmou à AFP o administrador d Autoridade do Canal do Panamá (ACP), Jorge Quijano.
O Panamá convidou autoridades de 70 países, incluindo os presidente dos Estados Unidos e China, principais clientes do Canal, mas apenas uma dezena compareceram, como as presidentes de Taiwan, Tsai Ing-wen, e do Chile, Michelle Bachelet. O governo americano está representado por Jill Biden, esposa do vice-presidente Joe Biden.
O Panamá espera melhorar sua imagem depois que a repugação do país como centro financeiro internacional foi abalada pelo escândalo dos "Panama Papers".
Os documentos mostraram como um escritório de advocacia panamenho criava empresas de fachada que permitiam a investidores de todo o mundo evitar o pagamento de impostos ou ocultar atividades ilegais.
O Panamá espera triplicar em uma década a quantia de um bilhão de dólares que arrecada ao ano com o Canal.
O projeto consistiu na construção de uma terceira via para novos jogos de eclusas, uma no Pacífico e outra Caribe, além de outras melhorias na via, pela qual poderão passar agora cargueiros com até 14.000 contêineres, o triplo da capacidade atual.
A inauguração acontece com 20 meses de atraso e após um longo calvário por contínuas disputas relacionadas com as obras, além de greves e a detecção de fissuras por onde se filtrava a água nas novas instalações.
O custo das obras, calculadas inicialmente em 5,25 bilhões de dólares, também é incerto, pois supera em 200 milhões o projetado e os pedidos do consórcio Grupo Unidos Pelo Canal (GUPC) alcançam 3,5 bilhões de dólares.
Um grande navio chinês iniciou neste domingo a viagem inaugural pelos 80 quilômetros que ligam o Mar do Caribe ao Pacífico. Agora podem passar pela via as embarcações neopanamax, enormes navios de até 49 metros de largura por 366 metros de comprimento.
O primeiro navio, batizado para a ocasião como Cosco Shipping Panama e escolhido por sorteio, entrou pela esclusa de Agua Clara, no Caribe, e sairá pela eclusa de Cocolí, no Pacífico, após uma travessia de quase oito horas.
"Estamos muito felizes. É um grande dia, um dia de unidade nacional e um dia para o Panamá. Esta é uma rota que é usada por 500 anos e você não pode mudar a história. Esta é a rota que une o mundo, o Canal do Panamá", disse o presidente panamenho Juan Carlos Varela.
Milhares de pessoas receberam a embarcação, que pertence à empresa estatal chinesa China Cosco Shipping, entre aplausos, gritos e com bandeiras panamenhas, ao som da canção "Pátria" do ídolo do país Rubén Blades.
"Para nós este é um dia de muita satisfação, depois de tudo o que aconteceu, mas faz parte da vida", afirmou à AFP o administrador d Autoridade do Canal do Panamá (ACP), Jorge Quijano.
O Panamá convidou autoridades de 70 países, incluindo os presidente dos Estados Unidos e China, principais clientes do Canal, mas apenas uma dezena compareceram, como as presidentes de Taiwan, Tsai Ing-wen, e do Chile, Michelle Bachelet. O governo americano está representado por Jill Biden, esposa do vice-presidente Joe Biden.
O Panamá espera melhorar sua imagem depois que a repugação do país como centro financeiro internacional foi abalada pelo escândalo dos "Panama Papers".
Os documentos mostraram como um escritório de advocacia panamenho criava empresas de fachada que permitiam a investidores de todo o mundo evitar o pagamento de impostos ou ocultar atividades ilegais.
O Panamá espera triplicar em uma década a quantia de um bilhão de dólares que arrecada ao ano com o Canal.
O projeto consistiu na construção de uma terceira via para novos jogos de eclusas, uma no Pacífico e outra Caribe, além de outras melhorias na via, pela qual poderão passar agora cargueiros com até 14.000 contêineres, o triplo da capacidade atual.
A inauguração acontece com 20 meses de atraso e após um longo calvário por contínuas disputas relacionadas com as obras, além de greves e a detecção de fissuras por onde se filtrava a água nas novas instalações.
O custo das obras, calculadas inicialmente em 5,25 bilhões de dólares, também é incerto, pois supera em 200 milhões o projetado e os pedidos do consórcio Grupo Unidos Pelo Canal (GUPC) alcançam 3,5 bilhões de dólares.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.