Trump Tower, a nova atração turística de Nova York
Nova York, 30 Jun 2016 (AFP) - Americanos, italianos, chineses, franceses: graças à campanha presidencial nos Estados Unidos, a Trump Tower, na Quinta Avenida, em Nova York, transformou-se em uma atração turística, procurada por curiosos e admiradores do virtual candidato republicano à Casa Branca.
É ali, perto do Central Park, que Donald Trump tem sua residência nova-iorquina, um tríplex de paredes de mármore com colunas, vidro e dourado, uma imitação do Palácio de Versalhes no alto da torre espelhada de 68 andares.
A torre do polêmico magnata combina escritórios, residências e algumas lojas, assim como a sede de sua companhia - a Trump Organization - e o QG de sua campanha. Foi lá que ele lançou sua pré-candidatura, em 16 de junho de 2015, descendendo as escadas rolantes ao lado de sua mulher, Melania, em um ambiente com decoração hollywoodiana.
O acesso ao prédio é livre, até as 22h, depois de passar - em alguns dias - por rígidos controles de segurança.
Em função de um acordo que permitiu a Trump construir mais 20 andares, o imenso hall de entrada de mármore com uma cascata de 18 metros de altura e muitos espelhos é um "espaço público privado", regulamentado pela prefeitura, assim como outros 500 em Nova York.
Em cada canto, uma homenagem à glória de Trump: o bar Trump, o café Trump, o restaurante Trump e a lojinha de lembranças... Trump.
Uma das lojas vende joias Ivanka Trump, filha de Donald. E quatro vitrines douradas expõem uma série de produtos Trump: camisas, gravatas, abotoaduras, perfumes, livros escritos por ele, roupas para crianças e bichos de pelúcia.
Entre os visitantes esta semana, havia um grupo de turistas chineses, adolescentes israelenses e a aeromoça de origem colombiana Carmen Smith. Ela se aproximou a pedido do filho, de 13 anos, "um fã de Trump", que pediu um boné de campanha.
'Berlusconi americano'Um jovem casal de Michigan, estado do norte dos Estados Unidos, foi lá especialmente para comprar dois bonés com o lema de campanha de Trump: "fazer a América grande de novo".
"Não há candidato perfeito, mas, dada a situação em que nos encontramos, acho que é a primeira opção. É um homem muito inteligente", diz o bombeiro Steve Dela à AFP.
"Os Estados Unidos estavam sempre na frente de todo o mundo. Temos de voltar a ir no bom caminho", acrescenta.
Domenico Monteleone é italiano e volta de um fim de semana com a família em Massachusetts, no nordeste dos EUA. Ficará um único dia em Nova York e decidiu passá-lo na Trump Tower, na esperança de ver o agora virtual candidato republicano.
"Sou um admirador de Berlusconi. E Donald Trump é o Berlusconi americano. E, se os Estados Unidos querem mudar, Donald Trump deve ser o próximo presidente dos Estados Unidos. Com Hillary Clinton, nada mudará", avaliou.
De repente, os primeiros andares do prédio, em geral abertos ao público, são fechados. Seguranças vigiam as pessoas que esperam no átrio, na expectativa de que essa agitação seja um sinal da chegada de Trump.
Quem surge, porém, é Ivanka, que desaparece rapidamente atrás das cortinas de cor grená do Trump Bar. Depois, um homem entra no elevador. "É o filho de Trump", murmuram alguns dos curiosos.
"Estão perdendo seu tempo. Não verão Trump", diz um guarda.
Na entrada, os turistas posam diante do "Trump Tower" inscrito em letras douradas garrafais na fachada do edifício.
Os residentes, alguns famosos, estão a salvo de todo esse movimento, já que dispõem de sua própria entrada pela rua 56. Entre eles, está o ex-presidente da CBF José María Marín, que cumpre prisão domiciliar em seu apartamento, por conta do escândalo de corrupção da Fifa.
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