Contratação de Barroso pelo Goldman Sachs não violou regras de conduta da UE
Bruxelas, 31 Out 2016 (AFP) - A polêmica contratação do português José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, pelo banco americano de investimentos Goldman Sachs não violou as regras de integridade europeias, informou o comitê de ética da UE em uma opinião não vinculante divulgada nesta segunda-feira.
"Com base nas informações divulgadas por Barroso em uma carta escrita ao presidente (da Comissão Jean-Claude) Juncker (...) não há elementos suficientes para estabelecer uma violação do dever de integridade e reserva", afirma o comitê.
Para o órgão consultivo, Barroso não atuou neste caso, no entanto, com o "julgamento que se pode esperar de alguém" que exerceu o cargo de presidente do Executivo europeu entre 2004 e 2014.
Seu sucessor à frente da Comissão solicitou a opinião do comitê de ética, depois que a defensora pública europeia, Emily O'Reilly, solicitou uma investigação sobre a contratação do português como presidente executivo, uma nomeação que provocou indignação na Europa.
Um sindicato de trabalhadores das instituições europeias reuniu mais de 152.0000 assinaturas a favor de um código de ética mais rígido, por considerar a contratação de Barroso pelo Goldman Sachs "irresponsável", "prejudicial" e "moralmente desonesta".
José Manuel Barroso denunciou em sua carta a Juncker que estas medidas eram "discriminatórias" e afirmou que cumpriu em todos os momentos com as diretrizes do bloco.
O código de conduta da UE prevê que os comissários devem pedir uma autorização à Comissão para trabalhar em um grupo privado durante os 18 meses posteriores ao final de suas funções.
Apesar da nomeação de Barroso ter acontecido após este período, a contratação provocou sérias dúvidas éticas, de acordo com a defensora europeia, ainda mais porque a reputação do Goldman Sachs é controversa.
O banco teve amplo envolvimento na venda de complexos produtos financeiros, incluindo as hipotecas subprime que contribuíram para a crise financeira de 2008, e também ajudo a Grécia a maquiar sua dívida, antes da crise.
"Com base nas informações divulgadas por Barroso em uma carta escrita ao presidente (da Comissão Jean-Claude) Juncker (...) não há elementos suficientes para estabelecer uma violação do dever de integridade e reserva", afirma o comitê.
Para o órgão consultivo, Barroso não atuou neste caso, no entanto, com o "julgamento que se pode esperar de alguém" que exerceu o cargo de presidente do Executivo europeu entre 2004 e 2014.
Seu sucessor à frente da Comissão solicitou a opinião do comitê de ética, depois que a defensora pública europeia, Emily O'Reilly, solicitou uma investigação sobre a contratação do português como presidente executivo, uma nomeação que provocou indignação na Europa.
Um sindicato de trabalhadores das instituições europeias reuniu mais de 152.0000 assinaturas a favor de um código de ética mais rígido, por considerar a contratação de Barroso pelo Goldman Sachs "irresponsável", "prejudicial" e "moralmente desonesta".
José Manuel Barroso denunciou em sua carta a Juncker que estas medidas eram "discriminatórias" e afirmou que cumpriu em todos os momentos com as diretrizes do bloco.
O código de conduta da UE prevê que os comissários devem pedir uma autorização à Comissão para trabalhar em um grupo privado durante os 18 meses posteriores ao final de suas funções.
Apesar da nomeação de Barroso ter acontecido após este período, a contratação provocou sérias dúvidas éticas, de acordo com a defensora europeia, ainda mais porque a reputação do Goldman Sachs é controversa.
O banco teve amplo envolvimento na venda de complexos produtos financeiros, incluindo as hipotecas subprime que contribuíram para a crise financeira de 2008, e também ajudo a Grécia a maquiar sua dívida, antes da crise.
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