Thyssenkrupp anuncia venda da CSA por EUR 1,5 bilhão
Frankfurt am Main, 22 Fev 2017 (AFP) - O grupo industrial alemão Thyssenkrupp anunciou nesta quarta-feira a venda da brasileira Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) ao grupo Ternium por 1,5 bilhão de euros, o que encerra a divisão Steel Americas do conglomerado, depois de registrar fortes perdas recentemente.
Esta fábrica, situada no Rio de Janeiro, pode produzir até 5 milhões de toneladas de chapas de aco. A Ternium é um dos principais atores do setor siderúrgico sul-americano.
A transação, que o grupo alemão espera concluir até setembro, implica uma depreciação de 900 milhões de euros euros, "que afetará o lucro anual do grupo", mas não as previsões de lucro operacional Ebit para o exercício 2016/17, informou o Thyssenkrupp em um comunicado.
"Com a venda da CSA nos separamos definitivamente da Steel Americas. É uma etapa importante na transformação do Thyssenkrupp em um grupo industrial forte", declarou o presidente da empresa, Heinrich Hiesinger, citado no comunicado.
A fatura final desta aventura siderúrgica nas Américas foi muito onerosa: não menos de 8 bilhões de euros.
Tudo começou em 2005: a ideia era construir duas siderúrgicas no continente americano, uma no Alabama, sul do Estados Unidos, e outra no Brasil, onde o aço produzido a menor custo deveria ser vendido nos Estados Unidos e na Europa.
Ambas formavam a divisão Steel Americas do grupo alemão.
"A realidade foi infelizmente diferente", admitiu Heinrich Hiesinger, em telecoletiva.
Devido aos custos, que dispararam 80% a mais que o previsto, os problemas técnicos, uma situação econômica complicada na região e tipos de câmbios flutuantes, a experiência jamais seria rentável.
Por isso, a Thyssenkrupp buscava há anos vender a empresa brasileira, fator de perdas durantes muitos anos, assim como a siderúrgica do Alabama, que foi vendida em 2014.
A venda da CSA Brasil foi ainda mais complicada, pois a Thyssenkrupp teve de comprar previamente as partes do coproprietário, a brasileira Vale, para simplificar a situação.
- Estratégia de diversificação -A negociação da CSA é uma boa notícia para o grupo alemão, apesar de, em curto prazo, a operação vá afetar suas contas financeiras.
"A venda da CSA elimina qualquer risco potencial vinculado à política comercial do presidente Donald Trump", que ameaça taxar as importações procedentes do resto do continente, segundo explicaram os analistas da Berenberg.
Também é parte da estratégia do Thyssenkrupp, que pretende privilegiar a produção de bens industriais e a prestação de serviços.
Além de produzir aço, o grupo fabrica elevadores, sua principal fonte de lucros, submarinos, peças de automóveis e planeja e constrói unidades industriais.
O aço representa agora menos de 25% de seus rendimentos, e a acentuada volatilidade de um mercado siderúrgico marcado pela enorme oferta de aço chinês abaixo do preço convenceu o grupo a ser cada vez menos dependente desta atividade.
esp/fpc/n
TERNIUM
THYSSENKRUPP
Esta fábrica, situada no Rio de Janeiro, pode produzir até 5 milhões de toneladas de chapas de aco. A Ternium é um dos principais atores do setor siderúrgico sul-americano.
A transação, que o grupo alemão espera concluir até setembro, implica uma depreciação de 900 milhões de euros euros, "que afetará o lucro anual do grupo", mas não as previsões de lucro operacional Ebit para o exercício 2016/17, informou o Thyssenkrupp em um comunicado.
"Com a venda da CSA nos separamos definitivamente da Steel Americas. É uma etapa importante na transformação do Thyssenkrupp em um grupo industrial forte", declarou o presidente da empresa, Heinrich Hiesinger, citado no comunicado.
A fatura final desta aventura siderúrgica nas Américas foi muito onerosa: não menos de 8 bilhões de euros.
Tudo começou em 2005: a ideia era construir duas siderúrgicas no continente americano, uma no Alabama, sul do Estados Unidos, e outra no Brasil, onde o aço produzido a menor custo deveria ser vendido nos Estados Unidos e na Europa.
Ambas formavam a divisão Steel Americas do grupo alemão.
"A realidade foi infelizmente diferente", admitiu Heinrich Hiesinger, em telecoletiva.
Devido aos custos, que dispararam 80% a mais que o previsto, os problemas técnicos, uma situação econômica complicada na região e tipos de câmbios flutuantes, a experiência jamais seria rentável.
Por isso, a Thyssenkrupp buscava há anos vender a empresa brasileira, fator de perdas durantes muitos anos, assim como a siderúrgica do Alabama, que foi vendida em 2014.
A venda da CSA Brasil foi ainda mais complicada, pois a Thyssenkrupp teve de comprar previamente as partes do coproprietário, a brasileira Vale, para simplificar a situação.
- Estratégia de diversificação -A negociação da CSA é uma boa notícia para o grupo alemão, apesar de, em curto prazo, a operação vá afetar suas contas financeiras.
"A venda da CSA elimina qualquer risco potencial vinculado à política comercial do presidente Donald Trump", que ameaça taxar as importações procedentes do resto do continente, segundo explicaram os analistas da Berenberg.
Também é parte da estratégia do Thyssenkrupp, que pretende privilegiar a produção de bens industriais e a prestação de serviços.
Além de produzir aço, o grupo fabrica elevadores, sua principal fonte de lucros, submarinos, peças de automóveis e planeja e constrói unidades industriais.
O aço representa agora menos de 25% de seus rendimentos, e a acentuada volatilidade de um mercado siderúrgico marcado pela enorme oferta de aço chinês abaixo do preço convenceu o grupo a ser cada vez menos dependente desta atividade.
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