Floresta amazônica continua cedendo espaço à pecuária
Rio de Janeiro, 30 Mar 2017 (AFP) - O desmatamento da Amazônia registrou um aumento de 29% em 2016, o segundo ano consecutivo de crescimento, apesar dos progressos do Brasil na promoção da pecuária intensiva e na preservação de suas matas.
Segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a selva amazônica perdeu cerca de 800 mil hectares em 2016, um recorde desde 2008.
Mais da metade do desmatamento ocorreu em propriedades obrigadas por lei a preservar 80% de sua mata nativa.
Tendo em conta um período mais longo, a partir de 2004, a taxa de desmatamento da Amazônia caiu 71%.
O chefe da vigilância por satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Evaristo Eduardo de Miranda, destaca esta evolução em relação à superfície das terras dedicadas à pecuária.
"Nos anos 90, os pastos ocupavam 210 milhões de hectares, contra 165 milhões hoje, enquanto as cabeças de gado bovino passaram de 140 milhões para 209 milhões", disse Miranda à AFP.
O uso de adubos e as modificações genéticas do gado - com um peso médio superior em 23 kg em relação há 20 anos - também ajudaram a melhorar a produtividade na pecuária.
Mas para o Greenpeace, a pecuária segue sendo a principal responsável pelo desmatamento na Amazônia, com o gado ocupando em 2015 cerca de 60% das zonas desmatadas.
Os ativistas ambientais denunciam uma falta de controle nas zonas protegidas e manifestam preocupação com a migração do gado para o Cerrado.
A metade da vegetação nativa já foi destruída no Cerrado, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
Sem fazer muito barulho no Brasil, a operação "Carne Fria" se destacou junto à "Carne Fraca", de 17 de março passado, e levou ao fechamento de 30 unidades de produção suspeitas de comercializar carne de gado procedente de zonas de desmatamento ilegal, prática considerada crime ambiental.
Segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a selva amazônica perdeu cerca de 800 mil hectares em 2016, um recorde desde 2008.
Mais da metade do desmatamento ocorreu em propriedades obrigadas por lei a preservar 80% de sua mata nativa.
Tendo em conta um período mais longo, a partir de 2004, a taxa de desmatamento da Amazônia caiu 71%.
O chefe da vigilância por satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Evaristo Eduardo de Miranda, destaca esta evolução em relação à superfície das terras dedicadas à pecuária.
"Nos anos 90, os pastos ocupavam 210 milhões de hectares, contra 165 milhões hoje, enquanto as cabeças de gado bovino passaram de 140 milhões para 209 milhões", disse Miranda à AFP.
O uso de adubos e as modificações genéticas do gado - com um peso médio superior em 23 kg em relação há 20 anos - também ajudaram a melhorar a produtividade na pecuária.
Mas para o Greenpeace, a pecuária segue sendo a principal responsável pelo desmatamento na Amazônia, com o gado ocupando em 2015 cerca de 60% das zonas desmatadas.
Os ativistas ambientais denunciam uma falta de controle nas zonas protegidas e manifestam preocupação com a migração do gado para o Cerrado.
A metade da vegetação nativa já foi destruída no Cerrado, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
Sem fazer muito barulho no Brasil, a operação "Carne Fria" se destacou junto à "Carne Fraca", de 17 de março passado, e levou ao fechamento de 30 unidades de produção suspeitas de comercializar carne de gado procedente de zonas de desmatamento ilegal, prática considerada crime ambiental.
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