Cientistas fabricam tijolos a partir de solo marciano artificial
Paris, 27 Abr 2017 (AFP) - Cientistas disseram na quinta-feira que fabricaram pequenos tijolos a partir de solo marciano artificial, usando uma técnica simples que poderia ajudar na construção de abrigos nas futuras colônias humanas no Planeta Vermelho.
A técnica exige apenas que os blocos sejam comprimidos de uma forma precisa, sem a necessidade de usar um forno ou elementos adicionais.
"As pessoas que irão a Marte serão incrivelmente corajosas, serão pioneiras, e eu ficaria honrado de ser seu fabricante de tijolos", disse Yu Qiao, professor da Universidade da Califórnia em San Diego e autor principal de um estudo publicado na revista Scientific Reports.
Engenheiros estruturais usaram uma mistura de poeira preparada pela Nasa que imita o solo marciano para fazer centenas de tijolos em forma de disco de 3 milímetros de espessura.
Eles descobriram, acidentalmente, que a compressão de alta pressão endureceu o solo artificial na forma de estruturas sólidas como rochas, mais fortes do que concreto reforçado com aço.
Em março, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei - assinada pelo presidente Donald Trump - que determina que a Nasa enviará uma missão tripulada a Marte em 2033.
Qiao acredita que o solo marciano verdadeiro poderia ser compactado camada por camada para formar uma parede ou modelado na forma de tijolos maiores.
Ideias anteriores para fazer materiais de construção em Marte incluíram fornos que funcionam com energia nuclear e o transporte de grandes quantidades de polímero da Terra.
A alvenaria proposta pelo professor Qiao, por outro lado, seria 100% feita em Marte e requereria recursos mínimos.
"Todos os métodos anteriores envolveram aquecimento intensivo com energia ou transporte espacial bastante significativo de aditivos a partir da Terra", disse o pesquisador à AFP.
Acredita-se que o óxido de ferro - o componente que dá a Marte seu tom avermelhado - é o "agente de cimentação" que torna o solo tão maleável.
Qiao admite que ainda não se sabe se o solo marciano verdadeiro reagiria da mesma forma, e que isso só poderia ser confirmado por testes no local.
Mas ele espera que sua abordagem seja considerada.
Qiao inicialmente começou a usar solo lunar para fazer cimento. Quando aplicou a mesma técnica ao solo marciano, descobriu suas propriedades excepcionais.
O rover Curiosity da Nasa coletou amostras de poeira e areia marciana pela primeira vez em 2012, e sua composição foi analisada em um laboratório dentro do robô móvel.
A análise revelou que o solo marciano contém uma química complexa de água, enxofre e substâncias de cloro, mas nenhum vestígio de compostos de carbono orgânico que poderiam indicar sinais de vida.
vdk-mh/kjl/db/mvv
A técnica exige apenas que os blocos sejam comprimidos de uma forma precisa, sem a necessidade de usar um forno ou elementos adicionais.
"As pessoas que irão a Marte serão incrivelmente corajosas, serão pioneiras, e eu ficaria honrado de ser seu fabricante de tijolos", disse Yu Qiao, professor da Universidade da Califórnia em San Diego e autor principal de um estudo publicado na revista Scientific Reports.
Engenheiros estruturais usaram uma mistura de poeira preparada pela Nasa que imita o solo marciano para fazer centenas de tijolos em forma de disco de 3 milímetros de espessura.
Eles descobriram, acidentalmente, que a compressão de alta pressão endureceu o solo artificial na forma de estruturas sólidas como rochas, mais fortes do que concreto reforçado com aço.
Em março, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei - assinada pelo presidente Donald Trump - que determina que a Nasa enviará uma missão tripulada a Marte em 2033.
Qiao acredita que o solo marciano verdadeiro poderia ser compactado camada por camada para formar uma parede ou modelado na forma de tijolos maiores.
Ideias anteriores para fazer materiais de construção em Marte incluíram fornos que funcionam com energia nuclear e o transporte de grandes quantidades de polímero da Terra.
A alvenaria proposta pelo professor Qiao, por outro lado, seria 100% feita em Marte e requereria recursos mínimos.
"Todos os métodos anteriores envolveram aquecimento intensivo com energia ou transporte espacial bastante significativo de aditivos a partir da Terra", disse o pesquisador à AFP.
Acredita-se que o óxido de ferro - o componente que dá a Marte seu tom avermelhado - é o "agente de cimentação" que torna o solo tão maleável.
Qiao admite que ainda não se sabe se o solo marciano verdadeiro reagiria da mesma forma, e que isso só poderia ser confirmado por testes no local.
Mas ele espera que sua abordagem seja considerada.
Qiao inicialmente começou a usar solo lunar para fazer cimento. Quando aplicou a mesma técnica ao solo marciano, descobriu suas propriedades excepcionais.
O rover Curiosity da Nasa coletou amostras de poeira e areia marciana pela primeira vez em 2012, e sua composição foi analisada em um laboratório dentro do robô móvel.
A análise revelou que o solo marciano contém uma química complexa de água, enxofre e substâncias de cloro, mas nenhum vestígio de compostos de carbono orgânico que poderiam indicar sinais de vida.
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