Recuperação acelera na Rússia a dez meses de eleição presidencial
Moscou, 17 Mai 2017 (AFP) - A recuperação da economia russa, que começou no final de 2016, acelerou no início desse ano, permitindo que Vladimir Putin encerre dois anos de crise dez meses antes das eleições presidenciais.
O PIB da Rússia aumentou 0,5% ao ano no primeiro trimestre, segundo uma primeira estimativa publicada nesta quarta-feira pelo instituto de estatísticas Rosstat, ligeiramente superior à previsão do governo (+0,4%).
No quarto trimestre de 2016, a Rússia registrou seu primeiro aumento do PIB anual desde o quarto trimestre de 2014 (+0,3%).
O dado confirma a tendência à recuperação, após uma crise que afetou enormemente o nível de vida da população, e que deixou quase 20 milhões de russos abaixo da linha de pobreza.
O PIB retrocedeu 2,8% em 2015 e 0,2% em 2016 por causa da queda dos preços dos hidrocarbonetos, dos quais a economia russa é fortemente dependente, e das sanções ocidentais ao país por causa da crise ucraniana.
Este duplo golpe fez que os preços disparassem e que o poder aquisitivo e o consumo das famílias caíssem, embora esse último continue baixo apesar dos indícios de recuperação.
O dado de crescimento de quarta-feira "é um pouco mais alto do que o previsto, e é ainda mais esperançoso se for considerado que o efeito do calendário impactou nos resultados do primeiro trimestre", com menos dias trabalhados do que no ano passado, comentou Neil Shearing, do gabinete Capital Economics.
"O panorama geral é o de uma recuperação lenta mas progressiva. Na nossa opinião, o crescimento vai continuar acelerando-se durante os próximos meses e trimestres, a diminuição da inflação e a flexibilização da política monetária reforçarão a demanda", acrescentou.
- O FMI, menos otimista -Depois da disparada em 2015, a alta de preços desacelerou, reduzindo a pressão sobre o poder aquisitivo dos russos. Atualmente se encontra abaixo de 4% anuais, um nível historicamente baixo para a Rússia pós-soviética de acordo com a meta do Banco Central (BC).
O BC começou a baixar os juros, uma medida muito aguardada pelos empresários, para estimular o crédito e apoiar a atividade econômica.
O governo espera uma aceleração progressiva da recuperação ao largo do ano e um crescimento de 2% para 2017. O Fundo Monetário Internacional (FMI), menos otimista, prevê +1,4%.
No longo prazo, o FMI e o governo indicam que o potencial de crescimento da Rússia, em torno de 1,5%, continuará sendo muito menor do que o registrado no início dos anos 2000 se não forem tomadas medidas.
Vladimir Putin solicitou a seus ministros que preparem medidas para que o crescimento da Rússia seja superior ao da média mundial (+3,5% esperado em 2017). Mas, conjuntamente, não se esperam medidas importantes antes das eleições presidenciais de março de 2018, às quais o chefe de Estado, salvo alguma surpresa, se candidatará.
No começo de junho, Putin deve comparecer, junto aos principais representantes dos círculos empresariais, ao Fórum Econômico de São Petersburgo, que poderia aproveitar para dar alguma pista sobre seu provável próximo mandato.
Em seu último relatório sobre a economia mundial, o FMI recomendou "diversificar a economia, acelerar as reformas institucionais e melhorar o clima de negócios" para reforçar o crescimento, assim como reformas no regime de aposentadorias e de isenções fiscais.
No curto prazo, a economia russa se beneficia da recuperação dos preços do petróleo registrado desde que os principais países produtores concordaram em limitar a oferta mundial, no final de 2016. A Rússia e a Arábia Saudita indicaram sua disposição para prolongar o acordo até março de 2018, o que terá que ser debatido.
O PIB da Rússia aumentou 0,5% ao ano no primeiro trimestre, segundo uma primeira estimativa publicada nesta quarta-feira pelo instituto de estatísticas Rosstat, ligeiramente superior à previsão do governo (+0,4%).
No quarto trimestre de 2016, a Rússia registrou seu primeiro aumento do PIB anual desde o quarto trimestre de 2014 (+0,3%).
O dado confirma a tendência à recuperação, após uma crise que afetou enormemente o nível de vida da população, e que deixou quase 20 milhões de russos abaixo da linha de pobreza.
O PIB retrocedeu 2,8% em 2015 e 0,2% em 2016 por causa da queda dos preços dos hidrocarbonetos, dos quais a economia russa é fortemente dependente, e das sanções ocidentais ao país por causa da crise ucraniana.
Este duplo golpe fez que os preços disparassem e que o poder aquisitivo e o consumo das famílias caíssem, embora esse último continue baixo apesar dos indícios de recuperação.
O dado de crescimento de quarta-feira "é um pouco mais alto do que o previsto, e é ainda mais esperançoso se for considerado que o efeito do calendário impactou nos resultados do primeiro trimestre", com menos dias trabalhados do que no ano passado, comentou Neil Shearing, do gabinete Capital Economics.
"O panorama geral é o de uma recuperação lenta mas progressiva. Na nossa opinião, o crescimento vai continuar acelerando-se durante os próximos meses e trimestres, a diminuição da inflação e a flexibilização da política monetária reforçarão a demanda", acrescentou.
- O FMI, menos otimista -Depois da disparada em 2015, a alta de preços desacelerou, reduzindo a pressão sobre o poder aquisitivo dos russos. Atualmente se encontra abaixo de 4% anuais, um nível historicamente baixo para a Rússia pós-soviética de acordo com a meta do Banco Central (BC).
O BC começou a baixar os juros, uma medida muito aguardada pelos empresários, para estimular o crédito e apoiar a atividade econômica.
O governo espera uma aceleração progressiva da recuperação ao largo do ano e um crescimento de 2% para 2017. O Fundo Monetário Internacional (FMI), menos otimista, prevê +1,4%.
No longo prazo, o FMI e o governo indicam que o potencial de crescimento da Rússia, em torno de 1,5%, continuará sendo muito menor do que o registrado no início dos anos 2000 se não forem tomadas medidas.
Vladimir Putin solicitou a seus ministros que preparem medidas para que o crescimento da Rússia seja superior ao da média mundial (+3,5% esperado em 2017). Mas, conjuntamente, não se esperam medidas importantes antes das eleições presidenciais de março de 2018, às quais o chefe de Estado, salvo alguma surpresa, se candidatará.
No começo de junho, Putin deve comparecer, junto aos principais representantes dos círculos empresariais, ao Fórum Econômico de São Petersburgo, que poderia aproveitar para dar alguma pista sobre seu provável próximo mandato.
Em seu último relatório sobre a economia mundial, o FMI recomendou "diversificar a economia, acelerar as reformas institucionais e melhorar o clima de negócios" para reforçar o crescimento, assim como reformas no regime de aposentadorias e de isenções fiscais.
No curto prazo, a economia russa se beneficia da recuperação dos preços do petróleo registrado desde que os principais países produtores concordaram em limitar a oferta mundial, no final de 2016. A Rússia e a Arábia Saudita indicaram sua disposição para prolongar o acordo até março de 2018, o que terá que ser debatido.
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