Moody's reduz nota da China por preocupações sobre dívida
Pequim, 24 Mai 2017 (AFP) - A agência de classificação de risco Moody's reduziu a nota da China de Aa3 para A1 e mudou a perspectiva de negativa para estável, ao mencionar os temores sobre a dívida, informou a instituição nesta quarta-feira.
"O corte reflete as projeções da Moody's de que a solidez financeira da China seja ameaçada de alguma forma nos próximos anos, a medida em que a dívida continue avançando enquanto o crescimento potencial se desacelera", anunciou a agência.
"Apesar de as reformas em andamento provavelmente permitirem a transformação da economia e do sistema financeiro a tempo, não é provável que consiga evitar um aumento material da enorme dívida da economia", avaliou a Moody's.
O ministério chinês das Finanças criticou o anúncio da Moody's e acusou a agência de ter utilizado um método "inapropriado" para medir os riscos, com uma avaliação excessiva das "dificuldades que enfrenta a economia chinsaa".
A decisão da Moody's ocorre no momento em que a China faz grandes esforços para controlar os riscos potenciais de empréstimos que poderão se tornar tóxicos e contaminar sua estabilidade financeira.
Mas vários especialistas são céticos sobre a verdadeira disposição de Pequim em abandonar o esquema de um fluxo amplo de créditos, que exerce um grande estímulo ao crescimento.
Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês registrou crescimento de 6,7%, o menor índice em 25 anos.
Neste contexto, o próprio governo chinês reduziu suas previsões de crescimento do PIB em 2017 para "em torno de 6,5%".
"O corte vai afetar com certeza a China de uma forma negativa", disse à AFP Liao Qun, economista chefe do Citic Bank International, com sede em Hong Kong.
"O impacto direto é que vai tornar o financiamento da dívida mais difícil e o custo de financiamento também vai subir", explicou.
"Isto é como uma ducha de água fria quando todos estavam otimistas a respeito da China", completou.
- Perspectiva estável -Na análise, a Moody's projeta uma queda do crescimento potencial ao nível de 5% nos próximos cinco anos, em consequência da desaceleração do formação de capital, um intensificação da queda da população com idade para trabalhar e a redução contínua da produtividade.
Mas a agência considera que a perspectiva da nota é estável.
"A perspectiva estável reflete nosso cálculo de que no nível A1 os riscos estão equilibrados", destacou a agência.
Recentemente surgiram os temores de que a China estaria próxima da situação que levou os Estados Unidos à explosão da bolha das hipotecas subprime que abalou em 2008 o sistema financeiro americano e mundial.
O Japão também passou por uma crise militar nos anos 1990 e a explosão da bolha resultou em uma "década perdida".
A autoridade que regulamenta o setor bancário da China anunciou recentemente uma série de medidas para frear os empréstimos perigosos, ajustar os balanços das entidades e fortalecer transparência institucional e a persistente fragilidade dos controles internos.
"O corte reflete as projeções da Moody's de que a solidez financeira da China seja ameaçada de alguma forma nos próximos anos, a medida em que a dívida continue avançando enquanto o crescimento potencial se desacelera", anunciou a agência.
"Apesar de as reformas em andamento provavelmente permitirem a transformação da economia e do sistema financeiro a tempo, não é provável que consiga evitar um aumento material da enorme dívida da economia", avaliou a Moody's.
O ministério chinês das Finanças criticou o anúncio da Moody's e acusou a agência de ter utilizado um método "inapropriado" para medir os riscos, com uma avaliação excessiva das "dificuldades que enfrenta a economia chinsaa".
A decisão da Moody's ocorre no momento em que a China faz grandes esforços para controlar os riscos potenciais de empréstimos que poderão se tornar tóxicos e contaminar sua estabilidade financeira.
Mas vários especialistas são céticos sobre a verdadeira disposição de Pequim em abandonar o esquema de um fluxo amplo de créditos, que exerce um grande estímulo ao crescimento.
Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês registrou crescimento de 6,7%, o menor índice em 25 anos.
Neste contexto, o próprio governo chinês reduziu suas previsões de crescimento do PIB em 2017 para "em torno de 6,5%".
"O corte vai afetar com certeza a China de uma forma negativa", disse à AFP Liao Qun, economista chefe do Citic Bank International, com sede em Hong Kong.
"O impacto direto é que vai tornar o financiamento da dívida mais difícil e o custo de financiamento também vai subir", explicou.
"Isto é como uma ducha de água fria quando todos estavam otimistas a respeito da China", completou.
- Perspectiva estável -Na análise, a Moody's projeta uma queda do crescimento potencial ao nível de 5% nos próximos cinco anos, em consequência da desaceleração do formação de capital, um intensificação da queda da população com idade para trabalhar e a redução contínua da produtividade.
Mas a agência considera que a perspectiva da nota é estável.
"A perspectiva estável reflete nosso cálculo de que no nível A1 os riscos estão equilibrados", destacou a agência.
Recentemente surgiram os temores de que a China estaria próxima da situação que levou os Estados Unidos à explosão da bolha das hipotecas subprime que abalou em 2008 o sistema financeiro americano e mundial.
O Japão também passou por uma crise militar nos anos 1990 e a explosão da bolha resultou em uma "década perdida".
A autoridade que regulamenta o setor bancário da China anunciou recentemente uma série de medidas para frear os empréstimos perigosos, ajustar os balanços das entidades e fortalecer transparência institucional e a persistente fragilidade dos controles internos.
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