Diretor da Deutsche Börse, investigado pela Justiça alemã, se demite
Berlim, 26 Out 2017 (AFP) - O diretor da Deutsche Börse, corretora de ações alemã, Carsten Kengeter, suspeito de ter usado indevidamente informações privilegiadas em 2015, apresentou, nesta quinta-feira (26), sua demissão, anunciou a empresa em um comunicado.
"Carsten Kengeter informou ao conselho de vigilância da Deutsche Börse que desejava se demitir a partir de 31 de dezembro de 2017 [...] para evitar que continue crescendo o peso relacionado com a investigação em curso", disse em um comunicado a corretora.
O conselho "aceitou esta decisão e agradeceu unanimemente a Carsten Kengeter por sua visão reformadora e sua liderança à frente da Deutsche Börse desde 2015", acrescentou.
O dirigente, de 50 anos, devia continuar no cargo até março de 2018, mas soube nesta terça-feira que um tribunal de Frankfurt negou sua última proposta de solução - o pagamento de 500 mil euros para evitar as investigações.
O tribunal se recusou a endossar o acordo entre a procuradoria e a defesa, considerando que "a continuação da investigação é apropriada, tendo em conta a importância do procedimento".
Em setembro, a Deutsche Börse tinha anunciado que estava disposta a pagar 10,5 milhões de euros à Justiça alemã para dar fim às investigações contra seu diretor.
Kengeter é acusado de ter negociado com a direção da Bolsa de Londres (LSE) em 2015 mirando uma fusão, antes de adquirir títulos no fim do ano com conhecimento de causa.
Neste ano, antes que fossem revelados os projetos de fusão, o dirigente da Deutsche Börse tinha comprado um pacote de 60 mil ações do operador de bolsa de valores por 4,5 milhões de euros. A empresa lhe entregou um pacote extra de 69 mil ações no âmbito de um programa de remuneração.
Apenas dois meses depois desta operação, a Deutsche Börse e a LSE anunciaram sua intenção de se fundirem, o que fez seus títulos na bolsa subirem. Mais tarde, as negociações fracassaram.
dar/alf/eb/jvb/sgf/mb/ll
DEUTSCHE BOERSE
"Carsten Kengeter informou ao conselho de vigilância da Deutsche Börse que desejava se demitir a partir de 31 de dezembro de 2017 [...] para evitar que continue crescendo o peso relacionado com a investigação em curso", disse em um comunicado a corretora.
O conselho "aceitou esta decisão e agradeceu unanimemente a Carsten Kengeter por sua visão reformadora e sua liderança à frente da Deutsche Börse desde 2015", acrescentou.
O dirigente, de 50 anos, devia continuar no cargo até março de 2018, mas soube nesta terça-feira que um tribunal de Frankfurt negou sua última proposta de solução - o pagamento de 500 mil euros para evitar as investigações.
O tribunal se recusou a endossar o acordo entre a procuradoria e a defesa, considerando que "a continuação da investigação é apropriada, tendo em conta a importância do procedimento".
Em setembro, a Deutsche Börse tinha anunciado que estava disposta a pagar 10,5 milhões de euros à Justiça alemã para dar fim às investigações contra seu diretor.
Kengeter é acusado de ter negociado com a direção da Bolsa de Londres (LSE) em 2015 mirando uma fusão, antes de adquirir títulos no fim do ano com conhecimento de causa.
Neste ano, antes que fossem revelados os projetos de fusão, o dirigente da Deutsche Börse tinha comprado um pacote de 60 mil ações do operador de bolsa de valores por 4,5 milhões de euros. A empresa lhe entregou um pacote extra de 69 mil ações no âmbito de um programa de remuneração.
Apenas dois meses depois desta operação, a Deutsche Börse e a LSE anunciaram sua intenção de se fundirem, o que fez seus títulos na bolsa subirem. Mais tarde, as negociações fracassaram.
dar/alf/eb/jvb/sgf/mb/ll
DEUTSCHE BOERSE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.