À beira do default, Venezuela enfrenta dia crucial com os credores
Caracas, 13 Nov 2017 (AFP) - A Venezuela celebrará nesta segunda-feira uma reunião crucial com os credores em Caracas para discutir o plano de renegociação da dívida externa, ao mesmo tempo que os proprietários de bônus examinarão em Nova York o atraso nos pagamentos, entre fortes temores de um default.
O presidente Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela "nunca" se declarará em default, ao renovar o convite aos proprietários de títulos para o encontro às 18H00 GMT (16H00 de Brasília) para renegociar a dívida de seu país e da petroleira PDVSA, de quase 150 bilhões de dólares.
"Eles jogam para que a Venezuela se declare em default Nunca! O default nunca chegará à Venezuela. Nossa estratégia é renegociar e refinanciar toda a dívida", afirmou no domingo.
Analistas não acreditam na possibilidade de sucesso da reunião, pois as sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela proíbem a seus investidores negociar dívida venezuelana. Quase 70% dos donos de títulos são americanos e canadenses.
Para complicar ainda mais o cenário, Maduro nomeou como principais negociadores o vice-presidente Tareck El Aissami e o ministro das Finanças Simón Zerpa, que entraram em uma lista de sanções de Washington e com os quais os cidadãos americanos não podem tratar da questão.
Em Nova York, o comitê da Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA), que reúne proprietários de títulos da dívida, examinará o atraso no pagamento de 1,161 bilhão de dólares do bônus 2017 da PVDSA, que o governo afirma já ter transferidos, mas que os credores não haviam recebido até sexta-feira.
Uma falta de pagamento pode ser declarada pelas agências de classificação, pelo governo ou pelos grandes credores. Por este motivo, uma avaliação negativa da ISDA resultaria em um default e no pagamento dos seguros CDS (Credit Default Swaps).
As agências Fitch, Standard and Poor's e Moody's rebaixaram a nota da dívida ante a possibilidade de uma cessação de pagamentos do país a curto prazo.
Madurou acusou as agências de "politizar" a questão e afirmou que elas integram a "guerra financeira" comandada pelos Estados Unidos.
Analistas concordam que a Venezuela, com uma economia devastada e reservas internacionais de apenas 9,7 bilhões de dólares, terminará em default, mas divergem sobre quando isto acontecerá.
Para aumentar a pressão internacional, os chanceleres da União Europeia (UE) adotaram nesta segunda-feira uma série de medidas, incluindo um embargo de armas e um marco jurídico sobre futuras sanções contra "responsáveis por graves violações dos direitos humanos", com o objetivo de "favorecer" o diálogo na Venezuela.
"O Conselho (da UE) decidiu, por unanimidade adotar medidas restritivas, ressaltando sua preocupação com a situação no país", indicou esta instituição europeia em um comunicado, minutos depois do início da reunião de chanceleres em Bruxelas.
As medidas contemplam um "embargo de armas e de material relacionado que poderia ser usado para a repressão interna, assim como um marco legal para a proibição de viajar e o congelamento de ativos" para responsáveis por violações dos direitos humanos no país.
Desde o início dos protestos da oposição, em abril, que deixaram pelo menos 125 mortos em quatro meses, vários dirigentes europeus, entre eles o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, pediram à UE que aprovasse sanções contra o governo Maduro.
O presidente Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela "nunca" se declarará em default, ao renovar o convite aos proprietários de títulos para o encontro às 18H00 GMT (16H00 de Brasília) para renegociar a dívida de seu país e da petroleira PDVSA, de quase 150 bilhões de dólares.
"Eles jogam para que a Venezuela se declare em default Nunca! O default nunca chegará à Venezuela. Nossa estratégia é renegociar e refinanciar toda a dívida", afirmou no domingo.
Analistas não acreditam na possibilidade de sucesso da reunião, pois as sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela proíbem a seus investidores negociar dívida venezuelana. Quase 70% dos donos de títulos são americanos e canadenses.
Para complicar ainda mais o cenário, Maduro nomeou como principais negociadores o vice-presidente Tareck El Aissami e o ministro das Finanças Simón Zerpa, que entraram em uma lista de sanções de Washington e com os quais os cidadãos americanos não podem tratar da questão.
Em Nova York, o comitê da Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA), que reúne proprietários de títulos da dívida, examinará o atraso no pagamento de 1,161 bilhão de dólares do bônus 2017 da PVDSA, que o governo afirma já ter transferidos, mas que os credores não haviam recebido até sexta-feira.
Uma falta de pagamento pode ser declarada pelas agências de classificação, pelo governo ou pelos grandes credores. Por este motivo, uma avaliação negativa da ISDA resultaria em um default e no pagamento dos seguros CDS (Credit Default Swaps).
As agências Fitch, Standard and Poor's e Moody's rebaixaram a nota da dívida ante a possibilidade de uma cessação de pagamentos do país a curto prazo.
Madurou acusou as agências de "politizar" a questão e afirmou que elas integram a "guerra financeira" comandada pelos Estados Unidos.
Analistas concordam que a Venezuela, com uma economia devastada e reservas internacionais de apenas 9,7 bilhões de dólares, terminará em default, mas divergem sobre quando isto acontecerá.
Para aumentar a pressão internacional, os chanceleres da União Europeia (UE) adotaram nesta segunda-feira uma série de medidas, incluindo um embargo de armas e um marco jurídico sobre futuras sanções contra "responsáveis por graves violações dos direitos humanos", com o objetivo de "favorecer" o diálogo na Venezuela.
"O Conselho (da UE) decidiu, por unanimidade adotar medidas restritivas, ressaltando sua preocupação com a situação no país", indicou esta instituição europeia em um comunicado, minutos depois do início da reunião de chanceleres em Bruxelas.
As medidas contemplam um "embargo de armas e de material relacionado que poderia ser usado para a repressão interna, assim como um marco legal para a proibição de viajar e o congelamento de ativos" para responsáveis por violações dos direitos humanos no país.
Desde o início dos protestos da oposição, em abril, que deixaram pelo menos 125 mortos em quatro meses, vários dirigentes europeus, entre eles o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, pediram à UE que aprovasse sanções contra o governo Maduro.
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