Sindicatos alemães batalham por salários mais altos
Berlim, 24 Jan 2018 (AFP) - Depois da indústria, a batalha dos sindicatos alemães para conquistar aumentos salariais continua, com os funcionários públicos e o setor de serviços insatisfeitos com sua remuneração.
O poderoso sindicato IG Metall inicia, nesta quarta-feira, sua última sessão com a patronal em Boblingen (sudoeste), para obter 6% de aumento salarial e a possibilidade de passar a jornada semanal de 35 para 28 horas.
"Estamos dispostos a tudo" se as negociações fracassarem, alertou recentemente Jörg Hofmann, líder do principal sindicato europeu, que não convocou uma greve nacional ilimitada desde 2003.
Mas a demanda de aumento salarial não implica apenas os 3,9 milhões de funcionários da metalurgia, que inclui setores automotivo, indústria elétrica e eletrônica, ou seja, os maiores destaques das exportações alemãs.
- Paralisação? -No sábado, a Federação Alemã de Funcionários Públicos (DBB) exigiu um aumento salarial "claro e real", além da passagem da jornada semanal de 41 a 39 horas no setor público, segundo disse seu presidente Ulrich Silberbach à revista Wirtschaftswoche.
Se não houver acordo antes de 17 de abril, a paralisação ameaça as creches, os transportes públicos e o recolhimento de lixo.
No setor de serviços, o sindicato Verdi luta com a Deutsche Post por um aumento de 6% nos salários de 130 mil carteiros.
"A era da moderação salarial", chave da competitividade alemã desde a Reunificação - em detrimento de seus sócios europeus - já acabou, constataram em novembro passado os "Sábios", fórum e economistas que aconselha o governo alemão.
O crescimento do país e um desemprego historicamente baixo - 5,7% em dezembro - deram aos sindicatos um grande poder de negociação.
- Pedidos do exterior -Os salários da Alemanha despertam interesse também fora do país. Os parceiros internacionais de Berlim têm multiplicado os pedidos pela redução do enorme superávit primário do país e pela redistribuição do poder aquisitivo.
"Um aumento mais rápido dos salários na Alemanha ajudaria também seus vizinhos europeus, pois contribuiria para aproximar a inflação do bloco do objetivo do Banco Central Europeu (BCE)", pouco abaixo de 2%, afirmou na semana passada Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Envolvidos em complicadas negociações de coalizão, conservadores e social-democratas alemães até agora não falaram sobre os salários. Atualmente, o tema é de responsabilidade dos sociais.
Mas, em 26 de fevereiro, caberá ao ministro do Interior, Thomas de Maizière, conservador como Angela Merkel, enviar um sinal político: ele terá que começar a conversar com os sindicatos de funcionários. E os recursos do governo federal raramente estiveram tão bem preparados.
O poderoso sindicato IG Metall inicia, nesta quarta-feira, sua última sessão com a patronal em Boblingen (sudoeste), para obter 6% de aumento salarial e a possibilidade de passar a jornada semanal de 35 para 28 horas.
"Estamos dispostos a tudo" se as negociações fracassarem, alertou recentemente Jörg Hofmann, líder do principal sindicato europeu, que não convocou uma greve nacional ilimitada desde 2003.
Mas a demanda de aumento salarial não implica apenas os 3,9 milhões de funcionários da metalurgia, que inclui setores automotivo, indústria elétrica e eletrônica, ou seja, os maiores destaques das exportações alemãs.
- Paralisação? -No sábado, a Federação Alemã de Funcionários Públicos (DBB) exigiu um aumento salarial "claro e real", além da passagem da jornada semanal de 41 a 39 horas no setor público, segundo disse seu presidente Ulrich Silberbach à revista Wirtschaftswoche.
Se não houver acordo antes de 17 de abril, a paralisação ameaça as creches, os transportes públicos e o recolhimento de lixo.
No setor de serviços, o sindicato Verdi luta com a Deutsche Post por um aumento de 6% nos salários de 130 mil carteiros.
"A era da moderação salarial", chave da competitividade alemã desde a Reunificação - em detrimento de seus sócios europeus - já acabou, constataram em novembro passado os "Sábios", fórum e economistas que aconselha o governo alemão.
O crescimento do país e um desemprego historicamente baixo - 5,7% em dezembro - deram aos sindicatos um grande poder de negociação.
- Pedidos do exterior -Os salários da Alemanha despertam interesse também fora do país. Os parceiros internacionais de Berlim têm multiplicado os pedidos pela redução do enorme superávit primário do país e pela redistribuição do poder aquisitivo.
"Um aumento mais rápido dos salários na Alemanha ajudaria também seus vizinhos europeus, pois contribuiria para aproximar a inflação do bloco do objetivo do Banco Central Europeu (BCE)", pouco abaixo de 2%, afirmou na semana passada Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Envolvidos em complicadas negociações de coalizão, conservadores e social-democratas alemães até agora não falaram sobre os salários. Atualmente, o tema é de responsabilidade dos sociais.
Mas, em 26 de fevereiro, caberá ao ministro do Interior, Thomas de Maizière, conservador como Angela Merkel, enviar um sinal político: ele terá que começar a conversar com os sindicatos de funcionários. E os recursos do governo federal raramente estiveram tão bem preparados.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.