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Indonésia pressiona UE por normas menos rígidas sobre óleo de palma

16/02/2018 07h55

Jacarta, 16 Fev 2018 (AFP) - Primeiro produtor mundial de óleo de palma, a Indonésia pressiona a União Europeia (UE) para que desista da aplicação de rígidas normas ambientais para esta indústria acusada de contribuir para o desmatamento - revelam documentos obtidos pela AFP.

Jacarta pede à UE que aplique as normas indonésias de desenvolvimento sustentável - apesar da preocupação com a credibilidade das mesmas - no lugar da certificação europeia mais estrita, proposta em abril passado.

Na próxima segunda-feira (19), deve-se abrir uma quarta e, talvez, última rodada de negociação sobre várias questões que incluem investimentos e propriedade intelectual.

Todo o ano na Indonésia, os incêndios florestais - criminosos em sua maioria - destroem milhares de hectares.

Atualmente, apenas uma minoria das plantações respeita as normas locais já relativamente frouxas sobre a exploração do óleo de palma. O setor é estratégico na Indonésia e contribui amplamente para as exportações.

Indonésia e Malásia, país vizinho e também grande produtor mundial desse produto, protestaram recentemente contra um projeto do Parlamento Europeu destinado a proibir este óleo nos biocombustíveis, a partir de 2021.

Questionados sobre as informações contidas nesses documentos aos quais a AFP teve acesso, o Ministério indonésio do Comércio e representantes da UE não quiseram comentar.