Trump promete flexibilidade tarifária para os verdadeiros amigos dos EUA
Washington, 8 Mar 2018 (AFP) - O presidente Donald Trump prometeu mostrar flexibilidade ante os verdadeiros amigos dos Estados Unidos na tarifação do aço e alumínio, antes da cerimônia desta quinta-feira (8) que formalizará as controvertidas medidas.
"Devemos proteger e construir nossa indústria de aço e alumínio mostrando, ao mesmo tempo, grande flexibilidade e cooperação para aqueles que são verdadeiros amigos e que nos tratam de maneira equitativa tanto em nível de comércio como de defesa", tuitou o presidente.
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Mais cedo, a União Europeia (UE) advertiu nesta Trump de que se ele decidir impor taxas de importação aos produtos siderúrgicos, no caso do bloco europeu não pode haver exceções com determinados países, como o Reino Unido.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, afirmou em Bruxelas ter lido que "provavelmente estão considerando algumas isenções aos países do Nafta (...) mas também mencionaram o Reino Unido e talvez outros países".
"Se tentarem fazer uma isenção para um de nossos Estados membros, significa a UE em seu conjunto", disse o vice-presidente, em referência ao aliado europeu de Washington que se prepara para abandonar o bloco em 29 de março de 2019.
'Possíveis isenções'
O presidente americano anunciou na semana passada a intenção de impor tarifas de importação de 25% para o aço e de 10% para o alumínio, sem revelar detalhes sobre os países afetados, um desejo que reiterou nos últimos dias.
Na quarta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, citou "possíveis isenções para México e Canadá", que ao lado dos Estados Unidos integram o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), assim como para outros países com base em uma avaliação "país por país" e em critérios de "segurança nacional".
Apesar de reiterar a intenção de evitar uma guerra comercial, a UE apresentou um plano de resposta que inclui tarifas de importação a produtos emblemáticos dos Estados Unidos, a adoção de medidas de salvaguarda e um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A "lista provisória" de produtos americanos, com a qual a UE tentaria compensar o prejuízo provocado pelas tarifas de Trump, incluiria o bourbon, o suco de laranja ou a manteiga de amendoim, entre vários outros.
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