Biodiversidade do Lago Vitória está sendo 'dizimada', dizem conservacionistas
Genebra, 30 Abr 2018 (AFP) -
Três quartos das espécies de água doce endêmicas da bacia do Lago Vitória, na África Oriental, enfrentam a ameaça de extinção, informaram conservacionistas nesta segunda-feira (30), alertando que a biodiversidade no local está sendo "dizimada".
Um novo relatório apoiado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) avaliou o risco de extinção de 651 espécies de água doce, como peixes, moluscos, libélulas, caranguejos e plantas aquáticas nativas do maior lago da África.
O estudo descobriu que 20% dessas espécies estavam ameaçadas de extinção.
O quadro era ainda mais sombrio quando se analisou apenas as espécies de água doce endêmicas da área - 204 das avaliadas, de acordo com o relatório intitulado "A biodiversidade da água doce na bacia do Lago Vitória".
"Três quartos (76%) dessas endêmicas correm risco de extinção", advertiu a IUCN em um comunicado.
Em seu relatório, a organização com sede na Suíça apontou que as espécies de água doce são importantes fontes de alimento, remédios e material de construção para as milhões de pessoas que vivem na área ao redor do lago.
O lago, que se estende pelo Quênia, Tanzânia e Uganda e cuja bacia também toca Burundi e Ruanda, é conhecido por seu alto nível de biodiversidade única.
"A bacia do Lago Vitória é incrivelmente rica em espécies únicas que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra, mas sua biodiversidade está sendo dizimada", disse Will Darwall, coautor do relatório, que dirige a unidade de biodiversidade de água doce da IUCN.
A poluição industrial e agrícola, o excesso de colheitas e o desmatamento estão entre as principais ameaças à biodiversidade na região, segundo o relatório.
Este também apontou para um impacto significativo das mudanças climáticas, observando que os peixes de água doce têm "alta sensibilidade (e) capacidade de adaptação aparentemente fraca" a alterações climáticas, e ressaltou a ameaça de espécies invasoras à biodiversidade nativa na bacia.
"O risco de extinção para a biodiversidade de água doce na região está aumentando", disse a coautora do relatório Catherine Sayer no comunicado.
Centenas das espécies presentes no lago ainda não foram mapeadas, o que significa que "o número de espécies com alto risco de extinção pode ser ainda maior do que percebemos atualmente", acrescentou.
Três quartos das espécies de água doce endêmicas da bacia do Lago Vitória, na África Oriental, enfrentam a ameaça de extinção, informaram conservacionistas nesta segunda-feira (30), alertando que a biodiversidade no local está sendo "dizimada".
Um novo relatório apoiado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) avaliou o risco de extinção de 651 espécies de água doce, como peixes, moluscos, libélulas, caranguejos e plantas aquáticas nativas do maior lago da África.
O estudo descobriu que 20% dessas espécies estavam ameaçadas de extinção.
O quadro era ainda mais sombrio quando se analisou apenas as espécies de água doce endêmicas da área - 204 das avaliadas, de acordo com o relatório intitulado "A biodiversidade da água doce na bacia do Lago Vitória".
"Três quartos (76%) dessas endêmicas correm risco de extinção", advertiu a IUCN em um comunicado.
Em seu relatório, a organização com sede na Suíça apontou que as espécies de água doce são importantes fontes de alimento, remédios e material de construção para as milhões de pessoas que vivem na área ao redor do lago.
O lago, que se estende pelo Quênia, Tanzânia e Uganda e cuja bacia também toca Burundi e Ruanda, é conhecido por seu alto nível de biodiversidade única.
"A bacia do Lago Vitória é incrivelmente rica em espécies únicas que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra, mas sua biodiversidade está sendo dizimada", disse Will Darwall, coautor do relatório, que dirige a unidade de biodiversidade de água doce da IUCN.
A poluição industrial e agrícola, o excesso de colheitas e o desmatamento estão entre as principais ameaças à biodiversidade na região, segundo o relatório.
Este também apontou para um impacto significativo das mudanças climáticas, observando que os peixes de água doce têm "alta sensibilidade (e) capacidade de adaptação aparentemente fraca" a alterações climáticas, e ressaltou a ameaça de espécies invasoras à biodiversidade nativa na bacia.
"O risco de extinção para a biodiversidade de água doce na região está aumentando", disse a coautora do relatório Catherine Sayer no comunicado.
Centenas das espécies presentes no lago ainda não foram mapeadas, o que significa que "o número de espécies com alto risco de extinção pode ser ainda maior do que percebemos atualmente", acrescentou.
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