Governo anuncia concessões mas caminhoneiros mantêm greve
São Paulo, 23 Mai 2018 (AFP) - O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira que eliminará a Cide sobre o diesel e a gasolina, na tentativa de acabar com a greve dos caminhoneiros contra a alta dos combustíveis, mas a proposta não contentou os manifestantes, que pretendem manter a paralisação.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou um acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, para eliminar o imposto sobre o diesel e a gasolina (Cide), e pediu aos caminhoneiros que suspendam a greve.
Mas a medida é considerada insuficiente pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam): "Até um posicionamento efetivo do governo, a entidade pede firmeza nos protestos em todas as regiões do país", declarou o presidente da entidade, José da Fonseca Lopes.
Nesta terça-feira, os caminhoneiros bloquearam estradas na maioria dos estados brasileiros, aumentando a pressão sobre o governo e pondo à prova a nova política de preços da Petrobras.
Os protestos, a menos de cinco meses das eleições, obrigaram o aeroporto internacional de Brasília a "usar com mais cautela" o combustível dos aviões, pois os fornecedores ficaram retidos no entorno da capital nacional.
A greve teve maior incidência sobre estados do sul e sudeste. Nesta segunda-feira, 21 estados registraram bloqueios.
Os caminhoneiros exigem uma redução dos preços do diesel. Desde o início de maio, o preço do diesel das refinarias (antes dos impostos) subiu 12% e o da gasolina 14%.
Mas a estatal se recusa a rever essa política, que considera fundamental para sua estratégia de recomposição financeira e de imagem - após ter se envolvido no maior escândalo de corrupção do Brasil.
"Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras", disse o presidente da petroleira, Pedro Parente.
"Parece pouco provável que Temer reduza a nova autonomia política de preços da Petrobras, porque isso poderia provocar a saída do CEO Pedro Parente", afirmou a consultoria Eurasia Group em nota de análise. "Uma compensação mediante corte de impostos parece mais provável, embora devam ser modestos, diante da oposição do Ministério da Fazenda", completa.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou um acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, para eliminar o imposto sobre o diesel e a gasolina (Cide), e pediu aos caminhoneiros que suspendam a greve.
Mas a medida é considerada insuficiente pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam): "Até um posicionamento efetivo do governo, a entidade pede firmeza nos protestos em todas as regiões do país", declarou o presidente da entidade, José da Fonseca Lopes.
Nesta terça-feira, os caminhoneiros bloquearam estradas na maioria dos estados brasileiros, aumentando a pressão sobre o governo e pondo à prova a nova política de preços da Petrobras.
Os protestos, a menos de cinco meses das eleições, obrigaram o aeroporto internacional de Brasília a "usar com mais cautela" o combustível dos aviões, pois os fornecedores ficaram retidos no entorno da capital nacional.
A greve teve maior incidência sobre estados do sul e sudeste. Nesta segunda-feira, 21 estados registraram bloqueios.
Os caminhoneiros exigem uma redução dos preços do diesel. Desde o início de maio, o preço do diesel das refinarias (antes dos impostos) subiu 12% e o da gasolina 14%.
Mas a estatal se recusa a rever essa política, que considera fundamental para sua estratégia de recomposição financeira e de imagem - após ter se envolvido no maior escândalo de corrupção do Brasil.
"Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras", disse o presidente da petroleira, Pedro Parente.
"Parece pouco provável que Temer reduza a nova autonomia política de preços da Petrobras, porque isso poderia provocar a saída do CEO Pedro Parente", afirmou a consultoria Eurasia Group em nota de análise. "Uma compensação mediante corte de impostos parece mais provável, embora devam ser modestos, diante da oposição do Ministério da Fazenda", completa.
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