Maduro vai regular venda de gasolina venezuelana
Caracas, 29 Jul 2018 (AFP) - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou no sábado (28) novas regras para a venda da gasolina - a mais barata do mundo - durante o congresso do partido no poder que, paradoxalmente, debate a flexibilização dos rígidos controles sobre a economia para superar a crise.
Apesar de não mencionar uma alta, Maduro disse que os atuais preços dos combustíveis não cobrem os custos de produção e incentivam o contrabando. Ele então propôs regularizar sua venda através do cartão eletrônico que dá acesso aos subsídios do Estado.
"Dizer que doamos gasolina é pouco, a gente paga para jogá-la fora (...), temos que adotar um uso racional (...) e isso vai impactar todo o transporte automotivo", declarou o presidente durante o Fórum do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Para isso, Maduro disse que entre os dias 3 e 5 de agosto será realizado um censo - por meio do cartão da pátria - para "todos que têm um veículo".
A Venezuela tem a gasolina mais barata do mundo: com um dólar se pode pagar mais de três milhões de litros e o governo socialista denuncia que as máfias contrabandeiam o combustível para outros países.
Maduro anunciou na quarta-feira que em 20 de agosto irá eliminar cinco zeros da moeda - dois a mais do que o esperado - e um novo cone monetário surgirá em meio a uma inflação que, segundo o FMI, poderá chegar a 1.000.000% este ano.
Com a nova moeda de menor valor, de 0,5 bolívares (50.000 bolívares hoje), 50.000 litros de nafta poderiam ser comprados.
Analistas acreditam que essa distorção torna muito provável que o governo seja forçado a ajustar os preços dos combustíveis.
O aumento da gasolina é um assunto tabu no país do petróleo. Em 17 de fevereiro de 2016, Maduro aumentou pela primeira vez em duas décadas a um bolívar por litro.
- Flexibilização cambial -A instalação do fórum, que acontece a cada quatro anos e será concluído na próxima segunda-feira, acontece em meio a uma guerra verbal entre o presidente Nicolás Maduro e dirigentes do chavismo, que pediram uma flexibilização da política intervencionista do Estado.
O ministro da Educação, Elías Jaua, da direção nacional do PSUV, confirmou que serão discutidos dois temas sensíveis: o regime cambial, uma vez que o Estado monopoliza as divisas desde 2003, e o preço da gasolina, a mais barata do mundo.
Enquanto o governo controla as divisas da economia, dependente de importações e em grave crise - com escassez de alimentos e remédios - o mercado negro marca o preço de vários produtos básicos.
O primeiro vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, advertiu, no entanto, que o governo irá manter as políticas socialistas. "Nossa proposta é o socialismo do comandante Hugo Chávez", sentenciou.
Dirigentes do chavismo pediram um giro econômico, gerando a reação de Maduro, que atribui a crise a uma guerra econômica promovida pelos Estados Unidos para tentar derrubá-lo.
Maduro defendeu que, com a reconversão monetária, inicia um programa de recuperação econômica que se aplicará "para o bem ou para o mal".
"O Partido Comunista propõe que eu nacionalize de maneira revolucionária parte da economia do país, e isso não é negado (...), porque vamos dar um giro econômico", afirmou.
Apesar de não mencionar uma alta, Maduro disse que os atuais preços dos combustíveis não cobrem os custos de produção e incentivam o contrabando. Ele então propôs regularizar sua venda através do cartão eletrônico que dá acesso aos subsídios do Estado.
"Dizer que doamos gasolina é pouco, a gente paga para jogá-la fora (...), temos que adotar um uso racional (...) e isso vai impactar todo o transporte automotivo", declarou o presidente durante o Fórum do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Para isso, Maduro disse que entre os dias 3 e 5 de agosto será realizado um censo - por meio do cartão da pátria - para "todos que têm um veículo".
A Venezuela tem a gasolina mais barata do mundo: com um dólar se pode pagar mais de três milhões de litros e o governo socialista denuncia que as máfias contrabandeiam o combustível para outros países.
Maduro anunciou na quarta-feira que em 20 de agosto irá eliminar cinco zeros da moeda - dois a mais do que o esperado - e um novo cone monetário surgirá em meio a uma inflação que, segundo o FMI, poderá chegar a 1.000.000% este ano.
Com a nova moeda de menor valor, de 0,5 bolívares (50.000 bolívares hoje), 50.000 litros de nafta poderiam ser comprados.
Analistas acreditam que essa distorção torna muito provável que o governo seja forçado a ajustar os preços dos combustíveis.
O aumento da gasolina é um assunto tabu no país do petróleo. Em 17 de fevereiro de 2016, Maduro aumentou pela primeira vez em duas décadas a um bolívar por litro.
- Flexibilização cambial -A instalação do fórum, que acontece a cada quatro anos e será concluído na próxima segunda-feira, acontece em meio a uma guerra verbal entre o presidente Nicolás Maduro e dirigentes do chavismo, que pediram uma flexibilização da política intervencionista do Estado.
O ministro da Educação, Elías Jaua, da direção nacional do PSUV, confirmou que serão discutidos dois temas sensíveis: o regime cambial, uma vez que o Estado monopoliza as divisas desde 2003, e o preço da gasolina, a mais barata do mundo.
Enquanto o governo controla as divisas da economia, dependente de importações e em grave crise - com escassez de alimentos e remédios - o mercado negro marca o preço de vários produtos básicos.
O primeiro vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, advertiu, no entanto, que o governo irá manter as políticas socialistas. "Nossa proposta é o socialismo do comandante Hugo Chávez", sentenciou.
Dirigentes do chavismo pediram um giro econômico, gerando a reação de Maduro, que atribui a crise a uma guerra econômica promovida pelos Estados Unidos para tentar derrubá-lo.
Maduro defendeu que, com a reconversão monetária, inicia um programa de recuperação econômica que se aplicará "para o bem ou para o mal".
"O Partido Comunista propõe que eu nacionalize de maneira revolucionária parte da economia do país, e isso não é negado (...), porque vamos dar um giro econômico", afirmou.
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