BCE exibe serenidade, apesar das incertezas sobre a economia
Frankfurt am Main, 13 Set 2018 (AFP) - O Banco Central Europeu (BCE) revisou para baixo nesta quinta-feira (13) sua previsão de crescimento na zona do euro para 2018 e 2019, a 2% e 1,8%, respectivamente, contra os 2,1% e 1,9% divulgados anteriormente - anunciou seu presidente Mario Draghi.
O BCE manteve em 1,7% a previsão de inflação para este ano e os dois próximos, enquanto as tensões continuarem no contexto comercial internacional.
O banco continua a considerar "globalmente equilibrados" os riscos que pesam sobre a situação na zona do euro, apesar das crescentes incertezas econômicas, acrescentou.
Draghi suavizou sua mensagem, embora tenha enfatizado que "as incertezas que pesam sobre a economia ganham importância", o que estimula uma certa tensão nos mercados.
Segundo ele, a "maior fonte de preocupação" vem do crescente protecionismo, alimentado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, em particular.
"Por isso, a contribuição mais fraca da demanda externa foi o que levou o BCE a reduzir suas previsões de crescimento", explicou Draghi.
O presidente do BCE também mencionou "as vulnerabilidades nos mercados emergentes", em referência à crise das moedas argentina e turca, assim como ao medo de contágio para outras moedas.
Por fim, Draghi pediu que os "países altamente endividados" respeitem as regras orçamentárias europeias, em clara alusão ao desvio da dívida italiana, que já é colossal e pode ser agravada pelo novo governo.
Segundo ele, a partir de agora, o banco espera "atos" por parte do atual governo populista italiano, após as declarações de Roma sobre sua dívida soberana.
"Anotamos" a promessa do primeiro-ministro italiano e de seus dois ministros de "respeitarem as regras" orçamentárias europeias, afirmou Draghi, também italiano.
"Mas as palavras mudaram várias vezes nesses últimos meses" e "agora esperamos os atos".
A dívida de Roma chega hoje a 132% do PIB e representa, sozinha, um quarto do endividamento público na zona do euro. Enquanto isso, o novo governo faz campanha por um programa bastante oneroso de medidas sociais.
- BCE mantém taxasNesta quinta-feira, o BCE também anunciou que mantém suas taxas básicas de juros e o fim do programa de compra de dívidas no final do ano.
Por conseguinte, a taxa principal de refinanciamento permanece em 0%, e os bancos continuarão a pagar juros negativos de 0,4% pela facilidade permanente de depósito.
O BCE pretende manter a taxa neste nível "pelo menos até o verão (europeu) de 2019", disse o porta-voz da instituição.
Conforme anunciado em junho passado, o programa de compras de dívida pública e privada, lançado em 2015 para apoiar a economia, passará a partir de outubro de 30 bilhões para 15 bilhões de euros por mês, antes de terminar em dezembro, se os próximos dados "confirmarem as perspectivas de inflação a médio prazo".
A incerteza também persiste sobre o momento em que o BCE elevará suas taxas de juros pela primeira vez desde 2011, o que causa divisões dentro do conselho de diretores da instituição.
O BCE manteve em 1,7% a previsão de inflação para este ano e os dois próximos, enquanto as tensões continuarem no contexto comercial internacional.
O banco continua a considerar "globalmente equilibrados" os riscos que pesam sobre a situação na zona do euro, apesar das crescentes incertezas econômicas, acrescentou.
Draghi suavizou sua mensagem, embora tenha enfatizado que "as incertezas que pesam sobre a economia ganham importância", o que estimula uma certa tensão nos mercados.
Segundo ele, a "maior fonte de preocupação" vem do crescente protecionismo, alimentado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, em particular.
"Por isso, a contribuição mais fraca da demanda externa foi o que levou o BCE a reduzir suas previsões de crescimento", explicou Draghi.
O presidente do BCE também mencionou "as vulnerabilidades nos mercados emergentes", em referência à crise das moedas argentina e turca, assim como ao medo de contágio para outras moedas.
Por fim, Draghi pediu que os "países altamente endividados" respeitem as regras orçamentárias europeias, em clara alusão ao desvio da dívida italiana, que já é colossal e pode ser agravada pelo novo governo.
Segundo ele, a partir de agora, o banco espera "atos" por parte do atual governo populista italiano, após as declarações de Roma sobre sua dívida soberana.
"Anotamos" a promessa do primeiro-ministro italiano e de seus dois ministros de "respeitarem as regras" orçamentárias europeias, afirmou Draghi, também italiano.
"Mas as palavras mudaram várias vezes nesses últimos meses" e "agora esperamos os atos".
A dívida de Roma chega hoje a 132% do PIB e representa, sozinha, um quarto do endividamento público na zona do euro. Enquanto isso, o novo governo faz campanha por um programa bastante oneroso de medidas sociais.
- BCE mantém taxasNesta quinta-feira, o BCE também anunciou que mantém suas taxas básicas de juros e o fim do programa de compra de dívidas no final do ano.
Por conseguinte, a taxa principal de refinanciamento permanece em 0%, e os bancos continuarão a pagar juros negativos de 0,4% pela facilidade permanente de depósito.
O BCE pretende manter a taxa neste nível "pelo menos até o verão (europeu) de 2019", disse o porta-voz da instituição.
Conforme anunciado em junho passado, o programa de compras de dívida pública e privada, lançado em 2015 para apoiar a economia, passará a partir de outubro de 30 bilhões para 15 bilhões de euros por mês, antes de terminar em dezembro, se os próximos dados "confirmarem as perspectivas de inflação a médio prazo".
A incerteza também persiste sobre o momento em que o BCE elevará suas taxas de juros pela primeira vez desde 2011, o que causa divisões dentro do conselho de diretores da instituição.
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