Coreia do Norte reconhece dificuldades em sua agricultura
Seul, 27 dez 2018 (AFP) - A Coreia do Norte, que não tem o hábito de comentar seus fracassos, reconheceu que sua agricultura enfrentou dificuldades este ano, duas semanas após a ONU ter anunciado uma queda na produção de alimentos do país.
A produção agrícola é insuficiente para as necessidades da Coreia do Norte, onde as terras cultiváveis registram queda e o material é obsoleto. O país sofreu vários episódios de fome nos últimos anos, com milhares de vítimas - algumas estimativas citam milhões - em meados da década de 1990.
O primeiro-ministro Pak Pong Ju mencionou na semana passada, durante uma reunião com dirigentes agrícolas em Pyongyang, as dificuldades em algumas granjas e unidades de produção, informou nesta quinta-feira a agência oficial KCNA.
"Disse que não conseguiram realizar as atividades de produção e gestão de sementes de maneira responsável", declarou Pak, segundo a KCNA.
Além disso, destacou "a necessidade de alcançar os objetivos de produção de sementes" estabelecidos no plano quinquenal que termina em 2020.
Em seu relatório trimestral publicado há duas semanas, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) indica que Pyongyang deve aumentar as importações no próximo ano.
A Coreia do Norte terá que importar 641.000 toneladas de alimentos em 2019, contra 458.000 este ano.
A FAO calcula que 10,3 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária neste país de 25 milhões de habitantes.
ckp/jac/pg/sag/erl/fp
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