Trump acusa ex-advogado de perjúrio
Nova York, 1 Mar 2019 (AFP) - Donald Trump acusou nesta sexta-feira Michael Cohen de mentir ao Congresso e cometer "perjúrio em uma escala nunca antes vista", lembrando que há alguns meses seu ex-advogado preparava um livro elogioso sobre o presidente dos Estados Unidos, que nunca foi publicado.
Em uma histórica audiência legislativa na quarta-feira, na qual chamou Trump de "vigarista", Cohen confirmou que tentou vender a ideia de um livro sobre a presidência de Trump.
Ele não forneceu datas e o livro nunca foi publicado. O site de notícias Daily Beast, que falou sobre o projeto em maio passado, tinha indicado que a editora escolhida, Center Street, havia se retratado após as buscas realizadas pelo FBI ao escritório e casa de Cohen em abril.
No início de 2018, quando Cohen propôs o livro para a editora, ele ainda estava muito próximo de Trump, o que suporia um texto lisonjeiro para o ocupante da Casa Branca.
Nesta sexta, o presidente sugeriu no Twitter que viu pelo menos uma parte do manuscrito e que era "uma carta de amor a Trump".
"O Congresso deveria exigir a transcrição do novo livro de Michael Cohen", escreveu Trump. "Eles vão revirar a cabeça quando verem as mentiras, falsidades e contradições com o seu testemunho". "Como se tratasse de outra pessoa. Está totalmente desacreditado!"
O filho mais velho do presidente, Donald Jr., também disse no Twitter que Cohen "propôs um livro dizendo que Trump não é um mentiroso", cheio de "louvores" ao seu pai.
Questionado por vários representantes republicanos, Cohen, que deve começar a cumprir sua pena de três anos de prisão em 6 de maio, afirmou na quarta-feira que não tinha "atualmente" nenhum projeto de livro em curso.
cat/lbc/cbr/mr
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