Bolsa de São Paulo supera pela primeira vez os 110.000 pontos
São Paulo, 4 dez 2019 (AFP) — A Bolsa de Valores de São Paulo superou nesta quarta-feira pela primeira vez os 110.000 pontos, impulsionada por sinais de arrefecimento na guerra comercial entre China e Estados Unidos e pela publicação de novos indicadores econômicos positivos no Brasil.
O índice Ibovespa, que abriu em 108.961 pontos, atingiu 110.279.
Por volta das 15h20, atingiu os 110.154 pontos, um aumento de 1,10% em relação ao fechamento do dia anterior.
Até agora este ano, o Ibovespa já ganhou 25%, embora com altos e baixos, dependendo das perspectivas de progresso das reformas pró-mercado prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
O progresso desta quarta-feira é parte de um movimento geral de ascensão, depois que a agência de informações financeiras Bloomberg disse que Washington e Pequim poderiam chegar a um acordo antes da entrada em vigor de um novo lote de tarifas dos EUA contra produtos chineses.
A tendência foi reforçada com o anúncio de um crescimento da produção industrial brasileira de 0,8% em outubro em relação a setembro, no terceiro mês seguido dessa tendência.
Esses dados apontam para o otimismo dos mercados, após o anúncio feito na terça-feira de que o PIB brasileiro teve um aumento trimestral de 0,6% no terceiro trimestre, acima do esperado, principalmente graças ao mecanismo de consumo.
De acordo com Fabio Gallo Garcia, professor de Economia da Fundação Getulio Vargas, as ações brasileiras também se beneficiam de um ciclo consistente de queda nas taxas de juros, que leva os investidores a correr mais riscos, em detrimento dos retornos de renda fixa.
"O Brasil começou e entrar num ciclo mais positivo. Pontualmente, os indicadores ou o próprio PIB divulgado ontem dão uma nova força e há sinais positivos a redução do desemprego começou a acontecer, as famílias começaram a gastar mais (...) as próprias reformas acabam motivando ao investidor", afirmou.
Analistas estimam que a tendência continuará no próximo ano.
Alex Agostini, da Austin Rating, espera "uma avaliação de até 20% em 2020", o que levaria o Ibovespa a exceder os 130.000 pontos.
Até agora, os principais beneficiários da recuperação econômica emergente foram empresas de varejo e algumas empresas do setor de construção.
"Mas a recuperação pode impulsionar vários setores e concessões [e privatizações] podem impulsionar as empresas estatais", diz Agostini.
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