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Argentina tem acordo com empresários e sindicalistas para enfrentar crise

"A ideia deste acordo é iniciar um diálogo franco para assumir os problemas que temos", explicou o presidente Alberto Fernández - AFP Photo/Argentina"s Senate/Juan Carlos Cardenas
"A ideia deste acordo é iniciar um diálogo franco para assumir os problemas que temos", explicou o presidente Alberto Fernández Imagem: AFP Photo/Argentina's Senate/Juan Carlos Cardenas

27/12/2019 20h37

Buenos Aires, 27 dez 2019 (AFP) - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, firmou nesta sexta-feira um acordo com empresários, sindicatos e líderes sociais visando promover o investimento, a indústria e o emprego, em um esforço conjunto por resolver a profunda crise econômica que atinge o país.

"A ideia deste acordo é iniciar um diálogo franco para assumir os problemas que temos (...) um país que leva dois anos consecutivos de queda no consumo e mais de vinte meses de queda na atividade industrial", disse Fernández.

O acordo prevê atualizar as tarifas dos serviços públicos, promover o investimento produtivo e as exportações de valor agregado, e facilitar o acesso ao crédito bancário para habitação e produção.

Para reverter este cenário, é preciso que "os industriais invistam, que a indústria cresça, que possamos exportar, que haja geração de emprego, que a economia volte a se mover", explicou o presidente, que assumiu o poder no dia 10 de dezembro.

A Argentina atravessa uma recessão econômica desde o segundo trimestre de 2018, com inflação acumulada de 48,3% em novembro e desvalorização do peso de 38% no mesmo período.

A queda do PIB foi de 2,5% em 2018, e o Fundo Monetário Internacional prevê um recuo de 3,1% em 2019.

Na segunda-feira, Fernández lançou um pacote de medidas econômicas e fiscais emergencial visando relançar a economia argentina.

Uma lei que integra o pacote dá ao Poder Executivo, durante um ano, uma série de poderes para administrar o Estado em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, energética, sanitária e social.

A medida inclui o aumento de impostos para as classes alta e média, benefícios sociais para os setores carentes e uma tarifa de 30% para a compra de dólares e gastos com cartão de crédito no exterior.