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Secretário do Tesouro americano não espera recessão provocada pelo coronavírus

15/03/2020 13h17

Washington, 15 Mar 2020 (AFP) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou neste domingo que não espera uma recessão na economia do país ligada à pandemia do coronavírus e prevê apenas em uma "desaceleração".

"Não acredito", respondeu ao ser questionado se os Estados Unidos entrariam em recessão durante uma entrevista ao canal ABC.

"Nós claramente teremos uma desaceleração", reconheceu, antes de afirmar que no decorrer do ano "a atividade econômica será retomada".

O assessor comercial de Donald Trump, Peter Navarro, afirmou no canal Fox Business "que as decisões que tomarmos na próxima semana ou na seguinte determinarão se enfrentaremos uma desaceleração significativa ou não".

Muitos analistas concordam que as consequências da nova pandemia de coronavírus devem levar a economia dos Estados Unidos a uma recessão.

"A verdadeira questão é quais ferramentas econômicas vamos utilizar para garantir que vamos superar isto. Porque esta é uma situação única. Temos uma situação na qual as viagens foram interrompidas", disse Steven Mnuchin.

Ele também afirmou que está discutindo com a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, "sobre as companhias aéreas, o que é essencial para nós, hotéis, cruzeiros, mais empréstimos para pequenas empresas, mais dinheiro, algum tipo de estímulo".

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na madrugada de sábado um pacote de medidas para atenuar o impacto do coronavírus na economia do país, depois de vários dias de discussões entre a administração do presidente Donald Trump e a oposição democrata.

Steven Mnuchin também afirmou que está em conversações com o Fed, o banco central americano, que terá uma reunião do comitê de política monetária durante a semana.

Eles têm certas ferramentas. Nós temos certas ferramentas. Algumas ferramentas foram eliminadas e eu vou voltar ao Congresso e pedir por elas. E, novamente, estamos totalmente coordenados", completou, sem revelar detalhes, depois que Donald Trump criticou o Fed mais uma vez no sábado.

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