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Trump diz que vai bloquear despejos de inquilinos nos EUA

Presidente estenderá uma moratória aos despejos de americanos que enfrentam dificuldades em pagar seus aluguéis - CHERISS MAY
Presidente estenderá uma moratória aos despejos de americanos que enfrentam dificuldades em pagar seus aluguéis Imagem: CHERISS MAY

06/08/2020 14h28

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que estenderá uma moratória aos despejos de americanos que enfrentam dificuldades em pagar seus aluguéis, devido à crise econômica decorrente da pandemia de coronavírus.

"Vou fazer, sim, vou fazer", disse o presidente durante uma entrevista com o radialista conservador Geraldo Rivera. "Farei isso com os despejos", acrescentou.

Trump, que está atrás do candidato democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de novembro, vem sinalizando há dias que poderia prolongar discretamente o plano de alívio para os despejos e também estender os benefícios adicionais do desemprego.

Essa atitude responde ao constante fracasso das negociações entre republicanos e democratas no Congresso para aprovar um novo plano de estímulo geral.

O Congresso discute há semanas uma proposta de quase US$ 1 trilhão por parte do Senado, onde os republicanos são maioria, e outro pacote de US$ 3 bilhões desenvolvido pelos democratas que controlam a Câmara.

Trump planeja usar sua autoridade presidencial para estender os auxílios monetários adicionais aos desempregados, agora expirados, e a proteção contra despejos que faziam parte do primeiro pacote de estímulo pela pandemia, conhecido como lei CARES.

Os republicanos insistem em reduzir os subsídios semanais adicionais por desemprego para US$ 200, enquanto os democratas querem manter o valor do plano anterior, de US$ 600 por semana.

O controle que o Congresso exerce sobre o orçamento lança dúvidas sobre a autoridade de Trump para ordenar medidas deste teor, mas o presidente republicano esteve propenso a utilizar as ordens executivas, diante das eleições presidenciais que se aproximam nas quais buscará um segundo mandato.

Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos americanos desaprova sua gestão da crise de saúde e que o prejuízo que a pandemia infligiu à economia lhe privou de ostentar o discurso de sua campanha de reeleição.

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