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Camargo Corrêa defende sua atuação em hidrelétrica investigada na Colômbia

O projeto Hidroituango tinha conclusão prevista para o final de 2018 - Reprodução/Hidroituango
O projeto Hidroituango tinha conclusão prevista para o final de 2018 Imagem: Reprodução/Hidroituango

05/12/2020 15h50

Bogotá, 5 dez 2020 (AFP) - A empreiteira brasileira Camargo Corrêa defendeu sua participação na construção da maior hidrelétrica da Colômbia, obra em andamento que está sendo objeto de investigação tributária por atrasos e custos extras.

"Nestes 8 anos, todas as etapas da obra foram previamente validadas pelo seu cliente, cumprindo os compromissos contratuais", afirmou a construtora em mensagem enviada à AFP.

O projeto Hidroituango, que deve cobrir um quinto da demanda de energia do país, começou no noroeste da Colômbia em 2010, e sua conclusão estava prevista para o final de 2018.

No entanto, dois anos depois, a obra está inacabada e foi cenário de uma emergência em que um bloqueio no único túnel de drenagem da barragem causou uma repentina inundação que obrigou a evacuação de 25.000 pessoas, em abril de 2018.

Na última quinta-feira, a controladoria colombiana acusou Camargo Corrêa junto com outros 27 ex-funcionários e empreiteiros em um processo por supostas "falhas e improvisações" na construção da hidrelétrica.

As obras estão sendo executadas pelo consórcio CCC Ituango, formado pelas brasileiras Camargo Corrêa (55%) e as colombianas Conconcreto (35%) e Coninsa-Ramón H (10%).

Segundo a entidade de fiscalização, a construtora terá de responder especificamente por "atrasos sistemáticos" na execução da obra.

A empresa brasileira afirmou estar "contribuindo de forma transparente" com a investigação e expressou sua confiança "nos órgãos competentes para avançar em prol da integridade e da transparência, essenciais para a conclusão da obra", prevista para 2022.

Após a imputação dos encargos, será realizado um processo de responsabilidade fiscal, que não implica sanção penal, mas que pode levar à apreensão de bens.