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Telegram levanta US$ 1 bilhão em emissão de títulos

O número de novos usuários do Telegram, conhecido por seu alto nível de criptografia, vem aumentando progressivamente há meses - Getty Images
O número de novos usuários do Telegram, conhecido por seu alto nível de criptografia, vem aumentando progressivamente há meses Imagem: Getty Images

23/03/2021 14h50

O popular aplicativo de mensagens criptografadas Telegram emitiu mais de US$ 1 bilhão em títulos para financiar seu crescimento, anunciou seu cofundador Pavel Durov nesta terça-feira (23).

Em seu canal no Telegram, Durov afirmou que venderam esses títulos para "alguns dos mais importantes e mais competentes investidores do mundo".

"Isso permitirá que o Telegram continue crescendo mundialmente e se mantendo fiel aos seus valores, à sua independência", comemorou o cofundador.

Pavel Durov especificou que os recursos apoiarão a "estratégia de monetização" da empresa anunciada em dezembro.

O aplicativo de mensagens indicou que iria lançar serviços de pagamento a partir de 2021 para financiar seu crescimento, depois que projetos de arrecadação de fundos e moeda virtual falharam.

O anúncio ocorre quando o número de novos usuários do Telegram, conhecido por seu alto nível de criptografia, vem aumentando progressivamente há meses.

Em meados de janeiro, depois que o rival WhatsApp anunciou que iria compartilhar mais dados com sua empresa matriz, o Facebook, Durov anunciou 25 milhões de novos usuários em poucos dias, elevando o total para mais de 500 milhões no Telegram.

No entanto, como resultado desse crescimento, o Telegram está enfrentando um aumento nos gastos com equipamentos e largura de banda, de acordo com um artigo publicado na semana passada pelo Wall Street Journal.

O jornal norte-americano, que cita fontes anônimas e documentos internos, também afirma que a empresa deve reembolsar US$ 700 milhões aos credores até o final de abril.

O Telegram, fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolay Durov - criadores da popular rede social russa VKontakte - prioriza a segurança à colaboração com as autoridades, o que tem levado a tentativas de bloqueio em vários países, como a Rússia.