México e Argentina pedem ao FMI alívio da dívida para países de renda média
México, 7 Abr 2021 (AFP) - O México e a Argentina pediram nesta quarta-feira (7) ao Fundo Monetário Internacional (FMI) o alívio da dívida dos países de renda média, alertando que eles concentram grande parte da população que caiu na extrema pobreza durante a pandemia.
O pedido chega no mesmo dia em que os ministros das finanças do G20, reunidos de forma virtual sob a coordenação da Itália, pediram ao FMI que aumentasse a ajuda aos países pobres atingidos pela covid-19, enquanto estendia a moratória da dívida a esses países até o final de 2021.
Em comunicado conjunto, os governos da Argentina e do México, integrantes do G20, destacaram que os países de renda média são "esquecidos" entre as nações ricas e pobres, apesar de representarem 75% da população mundial e 62% da população mundial em situação de pobreza.
Indicaram também que, apesar de terem acesso ao mercado de capitais, suas taxas de juros não são baixas.
Por isso, propuseram examinar mecanismos para que essas nações "possam aproveitar a nova alocação proporcional de direitos especiais de saque" do FMI, equivalente a cerca de 650 bilhões de dólares, para apoiar a recuperação da crise provocada pela pandemia.
Pediram também que se analisasse a criação de um "fundo específico dentro das instituições financeiras internacionais" que permitisse "a reestruturação da dívida dos países de renda média e a melhoria de suas condições financeiras".
"Isso evitará que a crise econômica e de saúde se transforme em uma crise de dívida a médio prazo", ressaltou o comunicado divulgado no âmbito da reunião do G20.
Os dois países latino-americanos mencionaram estimativas do Banco Mundial segundo as quais 120 milhões de pessoas chegaram à extrema pobreza no final de 2020, esses dos quais 94 milhões viriam das nações de renda média.
A dívida pública do México representava 52,3% do PIB no final do ano passado, segundo dados oficiais.
Por sua vez, a Argentina deve pagar ao FMI 3,5 bilhões de dólares neste ano, outros 18 bilhões de dólares em 2022 e 19 bilhões em 2023, dívida que o presidente Alberto Fernández qualificou como sendo "impagável" nas condições em que se fechou o acordo.
nc/axm/gma/bn
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