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Putin condena 'pressão' da Europa contra Gazprom e ameaça com represálias

29.11.19 - Logo da Gazprom em coluna em unidade de processamento de gás na região de Amur, Rússia - MAXIM SHEMETOV/REUTERS
29.11.19 - Logo da Gazprom em coluna em unidade de processamento de gás na região de Amur, Rússia Imagem: MAXIM SHEMETOV/REUTERS

05/04/2022 12h13Atualizada em 05/04/2022 13h26

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou, nesta terça-feira (5), a pressão exercida contra o gigante russo do gás Gazprom e advertiu que nacionalizar seus ativos vai ser uma "faca de dois gumes".

"A situação no setor da energia se agrava devido às medidas brutais e não vinculadas ao mercado, sobretudo a pressão administrativa contra nossa sociedade Gazprom em vários países europeus", disse na televisão em uma reunião dedicada ao setor da agricultura.

"Escutamos declarações de funcionários sobre a nacionalização de alguns dos nossos ativos. Se for tão longe, não se deve esquecer que isso é uma faca de dois gumes", destacou Putin .

Essas declarações acontecem após a Alemanha ter anunciado, um dia antes (4), a tomada de controle temporário de uma filial da Gazprom, com o objetivo de garantir a continuidade do fornecimento de gás.

A decisão foi tomada depois que o grupo russo anunciou, na sexta-feira (1º), sua retirada dessa filial, sem indicar imediatamente nenhum comprador, criando incertezas sobre o futuro da empresa.

As filiais da Gazprom são operadores de importantes infraestruturas de armazenamento de gás e combustível na Alemanha.

A Rússia e os países europeus estão estreitamente vinculados pela sua interdependência em matéria energética. Moscou necessita do dinheiro que o gás proporciona, enquanto a UE é muito dependente dessa fonte de energia russa.

A UE afirma tentar reduzir sua dependência de Moscou nesse setor.

Por sua vez, Moscou impôs aos clientes europeus o pagamento de suas dívidas de gás em rublos.