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Ucrânia pede aos ocidentais sanções 'potentes' contra a Rússia

04.abr.22 - O presidente Volodymyr Zelensky está na cidade de Bucha, a noroeste da capital ucraniana Kiev - RONALDO SCHEMIDT / AFP
04.abr.22 - O presidente Volodymyr Zelensky está na cidade de Bucha, a noroeste da capital ucraniana Kiev Imagem: RONALDO SCHEMIDT / AFP

08/04/2022 11h05Atualizada em 08/04/2022 11h05

A Ucrânia não pode mais esperar para receber novas armas dos países ocidentais e precisa de sanções "potentes" contra a Rússia dignas dos "coquetéis Molotov" popularizados pela resistência finlandesa entre 1939-40, afirmou o presidente Volodimir Zelensky ao Parlamento da Finlândia nesta sexta-feira (8).

Zelensky criticou aqueles que "fazem os ucranianos esperarem" os recursos que precisam desesperadamente "para defender suas vidas", em um momento em que a Ucrânia pede armas mais potentes e sanções mais severas por parte dos países ocidentais.

"Precisamos do tipo de armas que alguns dos nossos sócios da União Europeia possuem", reafirmou o presidente ucraniano.

O dirigente pediu à Europa para adotar um "coquetel Molotov" de sanções contra a Rússia, em alusão às bombas incendárias.

"Por quanto tempo a Europa pode ignorar um embargo contra o petróleo russo?", questionou.

Os representantes do bloco europeu decidiram nesta quinta-feira um embargo contra o carvão russo e o fechamento dos portos europeus às embarcações russas, na quinta rodada de sanções impostas contra Moscou. No entanto, a Ucrânia quer mais medidas, especificamente que atinjam o setor do petróleo e gás.

"Precisamos de sanções poderosas e eficazes contra a Rússia, sanções permanentes, um 'coquetel de sanções' que lembremos como lembramos dos coquetéis molotov", disse Zelensky.

O presidente ucraniano fez essa referência histórica para recordar as bombas incendiárias popularizadas pelos finlandeses em sua luta contra a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial.

"A guerra da Rússia na Ucrânia é decisiva não somente para o futuro do nosso país, mas também para todos os que têm uma fronteira comum com a Rússia, como vocês há 83 anos", disse o presidente, em um discurso repleto de referências ao conflito conhecido como a Guerra de Inverno, no qual os finlandeses resistiram ferozmente à invasão.

A Finlândia, que tem uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros com a Rússia, deseja entrar na Otan após a invasão contra a Ucrânia. Uma decisão sobre isso é esperada muito em breve.