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Influenciadoras russas protestam contra sanções picotando bolsas Chanel

Marina Ermoshkina, Katya Guseva e Victoria Bonya destroem suas bolsas Chanel em protesto contra sanções da marca. - Reprodução/Instagram
Marina Ermoshkina, Katya Guseva e Victoria Bonya destroem suas bolsas Chanel em protesto contra sanções da marca. Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/04/2022 14h27Atualizada em 07/04/2022 17h34

Influenciadoras e socialites russas estão usando as redes sociais para protestar contra sanções impostas ao país durante a invasão da Ucrânia. O modo inusitado de chamar a atenção é destruir a tesouradas bolsas de grife, como as da Chanel. A gigante da moda aplicou uma medida global de suspensão da venda de produtos para russos que pretendem usá-los em seu país.

Indignadas com a decisão, muitas mulheres filmaram a si mesmas cortando suas bolsas com uma tesoura até deixá-la em pedaços e compartilharam as imagens.

Entre as manifestantes, está a modelo Victoria Bonya que apresentou um vídeo arruinando o acessório aos seus 9,3 milhões de seguidores no Instagram.

No post, ela escreveu: "Nunca vi uma marca agindo de forma tão desrespeitosa com seus clientes como a Chanel".

A mesma conduta foi tomada pela apresentadora de televisão e atriz russa Marina Ermoshkina, que disse aos seus 300 mil seguidores que ela é contra marcas que apoiam o que ela chamou de "russofobia".

"Nenhum item ou marca vale meu amor por minha pátria e meu autorrespeito", disse Marina antes de picotar a bolsa. "Se possuir Chanel significa vender minha pátria, então eu não preciso da Chanel."

A DJ Katya Guseva também compartilhou um vídeo de rejeição à Chanel e incentivou seus 580 mil seguidores a fazerem o mesmo.

"Para mostrar que estou falando sério, vou simplesmente cortar esta bolsa. Eu não preciso mais. Tchau, Chanel", disse.

Apesar de as influenciadoras terem conquistado os aplausos de alguns internautas, muitos deles também reprovaram os atos, apontando que eles foram sinais de indiferença por parte das mulheres russas com a tragédia na Ucrânia, que até causou a morte de centenas de civis e deixou milhares desabrigados.

"Talvez você devesse comentar sobre atrocidades e crimes de guerra na Ucrânia em vez de agir como uma vítima?", disse um usuário em resposta ao vídeo de Victoria Bonya.

Boicote global

Depois de fechar suas lojas na Rússia, a Chanel parou de vender seus produtos para consumidores que pretendem levá-los ao país.

Em contrapartida, alguns turistas russos em Dubai postaram tweets mostrando gerentes das lojas exigindo que eles assinem um documento garantindo que não usarão a bolsa no território russo.

Por outro lado, um porta-voz da companhia francesa afirmou que está apenas cumprindo as sanções da União Europeia (UE) que proíbem a venda para a Rússia de artigos de luxo com preço superior ao equivalente a R$ 1550, segundo informações do jornal britânico The Independent.

Mas, a Chanel não está sozinha nesta iniciativa, pois várias empresas de países ocidentais estão interrompendo suas operações comerciais na Rússia desde o início da invasão militar à Ucrânia, ordenada pelo presidente Vladimir Putin.

Em um comunicado, a gigante da moda se desculpou pelos incidentes e explicou que as restrições são apenas procedimentos para que a empresa funcione de acordo com as sanções internacionais.

"Estamos seguindo todas as leis aplicáveis o mundo, incluindo as leis de sanções comerciais. É por isso que lançamos um processo para pedir aos clientes que não conhecemos a nacionalidade para confirmar que os itens que estão comprando não serão usados e nossa", completou.