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Empresa russa diz ter interrompido fornecimento de gás para Polônia e Bulgária

Imagem de arquivo de logo da Gazprom; empresa informou não ter recebido o pagamento pelo fornecimento do gás de abril - MAXIM SHEMETOV/REUTERS
Imagem de arquivo de logo da Gazprom; empresa informou não ter recebido o pagamento pelo fornecimento do gás de abril Imagem: MAXIM SHEMETOV/REUTERS

Em Moscou

27/04/2022 06h00

O grupo russo de energia Gazprom anunciou hoje a suspensão do fornecimento de gás para Polônia e Bulgária, depois que não recebeu o pagamento em rublos dos dois países membros da UE (União Europeia).

A Gazprom afirmou em um comunicado que notificou a Bulgargaz, da Bulgária, e a PGNiG, da Polônia, sobre a "suspensão do fornecimento de gás a partir de 27 de abril e até que o pagamento seja feito em rublos".

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou em março que o país aceitaria apenas o pagamento pelo fornecimento de gás na moeda nacional, em reposta às sanções adotadas contra Moscou para punir a ofensiva do Kremlin na Ucrânia.

A Gazprom informou que até ontem à noite não havia recebido o pagamento pelo fornecimento do gás de abril, tanto da Bulgargaz como da PGNiG.

"Bulgária e Polônia são países trânsito. Em caso de retirada não autorizada de gás russo entre as quantidades em trânsito para terceiros países, os envios de trânsito serão reduzidos nas mesmas quantidades", advertiu a empresa russa.

A PGNiG confirmou a "suspensão total do fornecimento de gás natural enviado pela Gazprom".

"A situação não afeta o abastecimento atual dos clientes da PGNiG que recebem o combustível de acordo com sua demanda", afirmou a empresa em um comunicado.

Polônia e Bulgária, dois países muito dependentes do gás russo, informaram na terça-feira à noite que haviam sido notificados pela Gazprom sobre a suspensão.

Os dois membros da Otan e da União Europeia afirmaram que estão dispostos a obter o gás necessário de outras fontes.

A UE afirmou que está preparada para a eventual interrupção do gás russo e elabora "uma resposta coordenada", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"O anúncio da Gazprom é uma nova tentativa da Rússia de fazer chantagem com o gás. Estamos preparados para este cenário. Estamos elaborando a resposta europeia coordenada. Os europeus podem ter certeza de que estamos unidos e somos solidários com os Estados membros afetados", escreveu Von der Leyen no Twitter.