Petróleo volta a subir por possível embargo europeu a exportações russas
Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (28) impulsionados pela mudança de postura da Alemanha, agora aberta a um embargo sobre as exportações russas de hidrocarbonetos.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho subiu 2,15% a 107,59 dólares.
Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega no mesmo período subiu 3,27% a 105,36 dólares, um máximo em dez dias na bolsa nova-iorquina.
As notícias da Alemanha "nos permitem sair deste beco em que estávamos há alguns dias", explicou Phil Flynn, do Price Futures Group. "O mercado esperava um catalisador".
Segundo o The Wall Street Journal, a representação alemã na União Europeia informou que o país não se opõe mais a um embargo.
A Alemanha teria como condição que fosse implementado de forma progressiva para lhe dar tempo de encontrar fontes de abastecimento alternativas.
Segundo o jornal, um acordo formal poderia ocorrer semana que vem.
Os ministros europeus da energia vão se reunir em 2 de maio em "sessão extraordinária", anunciou a ministra francesa da Transição Ecológica, Barbara Pompili.
O encontro foi marcado para abordar a suspensão russa de entregas de gás para a Polônia e a Bulgária.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou que estes dois países serão abastecidos "por seus vizinhos da União Europeia".
O principal contrato europeu futuro de gás natural, TTF, caiu 8% nesta quinta.
"Agora que a Alemanha se aproxima de um embargo total, a Rússia poderia se tornar mais agressiva na suspensão de seu abastecimento", antecipou Edward Moya, da Oanda.
Além disso, segundo analistas da Kpler, a China privilegiou recentemente o Irã em detrimento da Rússia para comprar petróleo, apesar dos preços atraentes oferecidos por Moscou.
"A economia americana continua sólida" apesar de uma contração inesperada do PIB no primeiro trimestre (1,4% na projeção anual), um dado conhecido nesta quinta, destacou Moya. "Até mesmo o dólar cada vez mais forte não consegue deter a alta dos preços" do petróleo, destacou.
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