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Oposição bielorrussa busca apoio tecnológico dos EUA

29/04/2022 19h02

Washington, 29 Abr 2022 (AFP) - A principal opositora do regime de Belarus, Svetlana Tikhanovskaya, afirmou nesta sexta-feira (29) que os Estados Unidos consideram incrementar sua ajuda tecnológica na luta contra a repressão do presidente Alexander Lukashenko.

A opositora, que como observadores ocidentais afirma ter vencido as eleições presidenciais de 2020 contra Lukashenko, se reuniu com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, bem como outros funcionários do alto escalão americano durante uma viagem a Washington.

"Me foi garantido um total apoio para o movimento democrático bielorrusso", declarou Tikhanovskaya a membros da associação de correspondentes do Departamento de Estado.

"Também conversamos sobre fornecer equipamentos e tecnologia a jornalistas e ativistas bielorrussos", acrescentou.

Segundo Tikhanovskaya, a conversa também abordou meios para contra-atacar a desinformação do regime, incluindo a divulgação de confissões forçadas.

Lukashenko é um dos principais apoiadores do regime de Vladimir Putin e sua invasão da Ucrânia.

A opositora alegou ter compartilhado informações e evidências de tal apoio com autoridades americanas, bem como uma lista de empresas e países que ajudam o regime a evitar sanções impostas pelo Ocidente.

"Discutimos como melhorar a eficácia das sanções, fechar os buracos restantes, congelar os ativos de Lukashenko e bloquear o dinheiro que foi dado a ele pelo FMI", explicou.

A ativista e política saudou a resistência individual dos bielorrussos contra o uso de seu território na guerra na Ucrânia, afirmando que cerca de 80 ferrovias usadas para transportar equipamentos militares russos foram interrompidas.

Em um comunicado do Departamento de Estado, a secretária de Estado adjunta, Wendy Sherman, "enfatizou o apoio contínuo dos Estados Unidos às aspirações democráticas do povo bielorrusso".

Svetlana Tikhanovskaya, exilada na Lituânia, viajou para Washington para o funeral de Estado da ex-secretária de Estado Madeleine Albright.

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