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Líderes da UE pedem redução na dependência do gás russo, diante temor de um 'inverno difícil'

29.11.19 - Logo da Gazprom em coluna em unidade de processamento de gás na região de Amur, Rússia - MAXIM SHEMETOV/REUTERS
29.11.19 - Logo da Gazprom em coluna em unidade de processamento de gás na região de Amur, Rússia Imagem: MAXIM SHEMETOV/REUTERS

24/06/2022 14h27Atualizada em 24/06/2022 14h40

Bruxelas, 24 Jun 2022 (AFP) - Nesta quinta-feira (23), em Bruxelas, os líderes dos países da União Europeia (UE) acordaram unir forças para reduzir sua dependência energética da Rússia, que começou a cortar o fornecimento de gás. A medida gera temores de um "inverno difícil".

No segundo dia de reuniões, nesta sexta-feira (24), os líderes europeus discutiram os efeitos da crise energética e o impacto econômico no bloco.

"Revisamos todos os planos de contingência nacional para garantir que todos estejam preparados para mais interrupções", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma coletiva de imprensa.

A funcionária acrescentou que os países do bloco estão "trabalhando em um plano de contingência de redução na demanda de energia" e o mesmo seria apresentado em julho.

O risco de escassez de gás neste inverno ficou mais claro desde a redução drástica de entrega da companhia energética russa Gazprom para os países da UE. O cenário fica especialmente grave para Alemanha, grande dependente do fornecimento de gás russo.

"Vamos enfrentar tempos muito turbulentos, e esse inverno provavelmente será muito difícil", admitiu o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo.

Os líderes europeus pediram às autoridades das instituições da UE a intensificação de esforços para "coordenar mais estreitamente as políticas energéticas nacionais", de acordo com as conclusões da cúpula.

Von der Leyen lembrou que a estratégia europeia para enfrentar esse cenário se baseia na economia de energia, no desenvolvimento de energias renováveis e na diversificação de fornecedores de gás e petróleo.

Na cúpula, os líderes pediram para a Comissão Europeia analisar com profundidade a viabilidade de "restrições temporais nas tarifas de importação de energia".

"Estamos trabalhando em diferentes modelos, incluindo o funcionamento do mercado", disse Von der Leyen, acrescentando que deverá apresentar "opções" após o verão.