França pede que Irã e Venezuela voltem ao mercado de petróleo para conter preços
A França defendeu, nesta segunda-feira (27), a "diversificação das fontes de abastecimento de petróleo" no mercado, incluindo Irã e Venezuela, e que os países aumentem sua produção de petróleo "excepcionalmente" para conter o aumento dos preços provocado pela guerra na Ucrânia.
"Precisamos que os países produtores bombeiem mais", declarou a Presidência francesa à margem da cúpula do G7 em Elmau, no sul da Alemanha, defendendo a "diversificação das fontes de abastecimento", incluindo Irã e Venezuela no mercado.
"Há recursos em outros lugares que também devem ser explorados", disse a Presidência francesa.
"As negociações do [programa] nuclear iraniano estão encerradas no que diz respeito ao [âmbito] nuclear, mas não no que diz respeito à relação entre o Irã e os Estados Unidos em uma questão específica, as sanções dos EUA relacionadas ao terrorismo", disse.
"Portanto, há um nó a desatar, se necessário", para que o petróleo iraniano possa "retornar aos mercados", enfatizou.
"O petróleo venezuelano também deve poder retornar ao mercado", acrescentou o Eliseu.
Ambos os países estão sujeitos a sanções dos Estados Unidos.
Quanto ao aumento da produção, a Presidência francesa observou que o presidente americano, Joe Biden, planeja falar sobre o assunto durante sua visita à Arábia Saudita em julho e o francês, Emmanuel Macron, também está "em contato" com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, e com o novo presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed.
Além disso, a França é favorável à proposta americana de limitar o preço do petróleo ("price cap"), mas considera que o mesmo deve ser feito com o gás e com todos os intervenientes do mercado.
"O princípio de 'price cap' é aceitável, podemos apoiá-lo, mas sua aplicação é bastante incerta. Tem que ser o mais amplo possível", considerou o Eliseu, que pediu "discussões profundas" sobre o assunto.
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