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EUA e União Europeia enviarão cerca de R$ 16,3 bilhões em ajuda econômica à Ucrânia

Prédio destruído em Donetsk, na Ucrânia - Pavlo Kyrylenko/via REUTERS
Prédio destruído em Donetsk, na Ucrânia Imagem: Pavlo Kyrylenko/via REUTERS

Da AFP

12/07/2022 16h08Atualizada em 12/07/2022 16h44

Os Estados Unidos e União Europeia (UE) anunciaram, nesta terça-feira (12), o envio de quase US$ 3 bilhões (cerca de R$ 16,3 bilhões) em ajuda econômica para a Ucrânia, que disse ter bombardeado forças russas na região ocupada de Kherson, no sul do país.

O pacote econômico para a Ucrânia é parte das promessas financeiras feitas meses atrás pelas potências ocidentais.

Há semanas, o Exército ucraniano lança uma contraofensiva no sul, enquanto o grosso das tropas russas está posicionado no Donbass, no leste.

Após o início da invasão em 24 de fevereiro passado, as tropas russas controlam grande parte da região de Kherson, na fronteira com a península da Crimeia. Esta última foi anexada por Moscou em 2014.

Autoridades militares ucranianas disseram que mísseis e disparos de artilharia mataram 52 soldados russos e destruíram armas, veículos blindados "e um depósito de munição em Nova Kakhovka", a cerca de 70 quilômetros da cidade de Kherson.

O chefe da administração instalada pelos russos em Kherson, Vladimir Leontiev, denunciou, por sua vez, um "ato de terrorismo" e "uma terrível tragédia".

"Aqui não têm alvos militares", frisou, acrescentando que "há sete mortos e cerca de 60 feridos" e que "várias casas foram atingidas (...)".

Uma autoridade da administração de ocupação de Kherson, Ekaterina Gubareva, declarou que o ataque foi cometido com lança-mísseis múltiplos HIMARS, de origem americana. Até o momento, não foi possível verificar essas informações com fontes independentes.

Já o governo de Kiev afirmou que cinco ucranianos - entre eles três civis - detidos por tropas russas no sul foram libertados, graças a uma "operação especial" do serviço de Inteligência militar ucraniano.

Ajuda financeira ocidental

Em maio, o ministro das Finanças da Ucrânia, Serguei Marchenko, disse que o país precisa de cerca de US$ 5 bilhões por mês para manter sua economia funcionando.

Em nota, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, explicou que o valor de US$ 1,7 bilhão liberado pelos Estados Unidos servirá para "oferecer serviços essenciais ao povo".

Essa ajuda faz parte do pacote de US$ 7,5 bilhões assinado pelo presidente Joe Biden em maio, de acordo com o comunicado do Tesouro, e será destinado a operações como o pagamento de salários dos profissionais de saúde.

Já o montante de US$ 1 bilhão anunciado pela UE será usado para cobrir as "necessidades urgentes e garantir o funcionamento da infraestrutura crítica" na Ucrânia, disse o ministro das Finanças da República Tcheca, Zbynek Stanj, em um comunicado.

Esta quantia corresponde à proposta da Comissão Europeia apresentada em 1º de julho. Com isso, o bloco europeu eleva para US$ 2,2 bilhões o total da assistência a esse país.

43 vítimas em Chasiv Yar

Na segunda-feira (11), a Rússia anunciou que tornará mais fácil para todos os ucranianos a obtenção da nacionalidade russa. Até agora, essa medida era aplicada apenas aos territórios já ocupados.

Hoje, as autoridades russas inauguraram, em Moscou, a embaixada da região separatista de Donetsk. Nenhum funcionário de alto escalão do governo compareceu ao evento.

O número de vítimas do bombardeio, atribuído à Rússia, de um prédio residencial em Chasiv Yar, na região de Donetsk, no domingo, não parou de aumentar, à medida que os trabalhos de resgate continuavam. Segundo as autoridades locais, são pelo menos 43 mortos até agora.

Em Kharkiv (nordeste), seis civis morreram em um bombardeio russo na segunda-feira, conforme relato do governador Oleg Synegubov.

Negociações sobre grãos na Turquia

O Kremlin anunciou que Vladimir Putin se reunirá com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Teerã, em 19 de julho, para tratar do conflito sírio e terem discussões bilaterais. No caso do presidente turco será o primeiro encontro com seu homólogo russo desde o inicio da invasão à Ucrânia, no final de fevereiro passado.

Em um contexto de aumento dos preços dos alimentos em nível global, devido à ofensiva à Ucrânia (um dos maiores exportadores mundiais de trigo e de outros cereais), representantes de ambos os países vão tratar, nesta quarta (13), em Istambul, da retomada das exportações de cereais pelo mar Negro, anunciou o ministro turco da Defesa, Hulusi Akar.

"Delegações dos Ministérios da Defesa de Turquia, Rússia e Ucrânia, assim como das Nações Unidas, discutirão amanhã, em Istambul, o envio seguro para os mercados internacionais dos grãos dos portos ucranianos", declarou Akar.