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Apartamento duplex de US$ 70 mi é a mais nova incorporação ao horizonte de NY

Richard Drew/AP
Imagem: Richard Drew/AP

Oshrat Carmiel

15/05/2015 14h45

(Bloomberg Business) - A mais nova torre de apartamentos no distrito de bilionários do centro de Manhattan está pronta para abrir as portas aos compradores. Foi necessária quase uma década para se chegar a esse momento.

O arranha-céu no número 53 da Rua 53 Oeste, desenhado pelo arquiteto francês Jean Nouvel e erigido do lado do Museu de Arte Moderna (MoMA), começará a comercializar seus 139 apartamentos na semana que vem, com preços a partir de US$ 3 milhões. Planejado desde 2006, o projeto suportou a queda no setor de imóveis e uma crise financeira mundial que dizimou a demanda por casas de luxo. Agora a torre está emergindo quando os compradores parecem insaciáveis.

"Estávamos muito ansiosos por começar", disse David Penick, o diretor-gerente em Nova York da desenvolvedora Hines, que está construindo o projeto com o Goldman Sachs Group e a Pontiac Land Group, com sede na Cidade de Cingapura. "Confiamos no que temos para vender no mercado em que estamos, e veremos como funciona".

O último desafio para o projeto: concorrer por compradores com cerca de meia dúzia de torres de apartamentos de luxo em construção por perto. Os desenvolvimentos - entre eles as torres 220 Central Park South da Vornado Realty Trust e 100 E. 53rd St. de Aby Rosen - estão transformando bairros do centro de Manhattan, conhecidos por hotéis e escritórios corporativos, em comunidades de ricos do mundo inteiro ávidos por grandes residências e vistas panorâmicas.

"Certamente seria melhor se não houvesse tantos edifícios novos chegando ao mercado neste mesmo momento", diz Penick na galeria de vendas para o projeto, conhecido como 53W53, na Quinta Avenida. "Mas eu acho que temos um pacote com um atrativo único para oferecer".

Vigas diagonais

A torre de 320 metros, da altura do Edifício Chrysler, ficará perto da esquina com a quadra da Sexta Avenida entre as ruas 53 e 54, em terrenos que antes pertenciam ao museu adjacente. O MoMA expandirá suas galerias nos três primeiros andares do prédio residencial, cuja marca arquitetônica é uma rede de vigas diagonais de concreto que contêm a estrutura desde o exterior e vai se estreitando até alcançar o topo a mais de 82 andares do solo.

Visões do Central Park, a cinco quarteirões, surgem a partir do 48° andar, que também é onde começam as maiores unidades do edifício, que ocupam meio andar, de acordo com Penick e planos preliminares apresentados na secretaria do procurador geral do estado de Nova York. O apartamento mais caro, um dúplex de 617 metros quadrados que ocupa os andares 81 e 82, terá um preço superior a US$ 70 milhões, diz Penick.

Unidades menores de um e dois quartos nos andares inferiores terão vistas do horizonte do centro de Manhattan. O apartamento mais barato é um de um quarto com 134,7 metros quadrados no 17° andar; que será listado para venda por US$ 3 milhões, segundo Penick.

Boom do luxo

O mercado de propriedades de luxo de Manhattan tem crescido vertiginosamente nos últimos anos, com investidores ricos que pagam preços cada vez mais altos por verdadeiras joias. Um apartamento dúplex no topo da torre One57 da Extell Development foi vendido em dezembro por US$ 100,5 milhões, um recorde para a cidade de Nova York. Uma cobertura na torre 432 Park Ave da Macklowe Properties e da CIM Group, o edifício residencial mais alto no Hemisfério Ocidental com 425,8 metros, está sob contrato por US$ 95 milhões.

Apesar de os planos para o 53W53 precederem essas transações, os desenvolvedores sempre pretenderam que o projeto estivesse em uma seção de elite do mercado de luxo de Manhattan, diz Penick.

"A estratégia básica não mudou muito", diz ele. "É uma localização muito atraente do lado do Museu de Arte Moderna. Sempre soubemos que seria exclusiva".