IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

06/01/2016 12h28

(Bloomberg) - A Coreia do Norte diz ter detonado uma bomba de hidrogênio, o yuan caiu para a cotação mais baixa dos últimos cinco anos e o petróleo Brent ficou abaixo de US$ 35 por barril pela primeira vez desde 2004. Eis alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados nesta manhã.

Bomba H?

A Coreia do Norte disse que realizou um teste bem-sucedido de sua primeira bomba de hidrogênio às 10 horas, horário local, e que a explosão provocou um terremoto de magnitude 5,1. Os especialistas já estão questionando as afirmações do país, que, segundo eles, não se sustentam pelas análises de dados iniciais. Por enquanto, parece haver poucos motivos de preocupação para os mercados, pois que os testes nucleares anteriores da Coreia do Norte só causaram - no pior dos casos - corridas para venda efêmeras.

Yuan cai para cotação mais baixa em cinco anos

O yuan afundou para o valor mais baixo em cinco anos depois que o Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês) estabeleceu a taxa de referência para a moeda em um nível inesperadamente fraco. A moeda despencou 1,1 por cento em Hong Kong e caiu 0,6 por cento em Xangai, o que ampliou a brecha entre ambas para um recorde. O indicador de serviços da Caixin Media e da Markit Economics declinou em dezembro para 50,2 pontos, o valor mais baixo em dezessete meses, o que sugere que as condições poderiam ser mais fracas do que os dados oficiais do governo sugerem. Como o PBOC está permitindo que o yuan se desvalorize, as apostas em uma maior flexibilização do banco central estão diminuindo, o que significa que os bonds soberanos da China estão caindo, tendo encerrado a sessão com uma baixa pelo quinto dia consecutivo.

O Brent, abaixo de US$ 35

Apesar do teste nuclear da Coreia do Norte, das tensões no Oriente Médio e da melhoria das perspectivas de crescimento na Europa, o petróleo não está conseguindo se recuperar. Nesta manhã, o petróleo bruto Brent caiu para menos de US$ 35 por barril e era negociado a US$ 35,10, uma queda de US$ 1,32, às 11h14, horário de Londres. A constante queda dos preços do petróleo deveria provocar um aumento nas transações de fusão e aquisição no setor neste ano, segundo a empresa de consultoria IHS Inc., pois as oportunidades restritas de financiamento obrigarão empresas endividadas a vender ativos.

Zona do euro terá crescimento robusto

Um Índice de Gerentes de Compras para a produção fabril e os serviços na zona do euro subiu inesperadamente de 54,2 pontos em novembro para 54,3 em dezembro, informou nesta manhã a Markit Economics. No Reino Unido, um indicador de serviços recuou de 55,9 pontos em novembro para 55,5 em dezembro, pois o risco de que o Reino Unido abandone a União Europeia está começando a afetar as contratações e os investimentos.

Ata do Fed

Hoje às 14 horas, o Federal Reserve (Fed) publicará a ata de sua reunião de dezembro, na qual aumentou as taxas de juros. Os analistas vão procurar pistas sobre a possível trajetória das taxas, e é provável que as palavras-chave sejam "gradual" e "dependendo dos dados".