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Cinco assuntos que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

15/04/2016 10h06

(Bloomberg) -- Dados da China, negociações sobre o petróleo em Doha e a votação do impeachment no Brasil. Esses são alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados hoje.

PIB da China

O produto interno bruto da China cresceu 6,7 por cento no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, em linha com a mediana de expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg. O Banco Popular da China também publicou dados sobre o crescimento do crédito na economia em março, com uma expansão do crédito agregado para 2,34 trilhões de yuans (US$ 360,7 bilhões), muito além das expectativas. A expansão do crédito provocou uma disparada nos investimentos imobiliários em março. O valor das propriedades vendidas deu um salto de 71 por cento, o maior aumento em relação ao ano anterior desde pelo menos 2015.

Mercados

Os dados sobre a China não conseguiram impulsionar as bolsas do país ontem à noite. O índice Shanghai Composite encerrou o pregão com uma queda de 0,1 por cento e reduziu o avanço semanal para 3,1 por cento. O índice mais amplo MSCI Asia Pacific perdeu 0,2 por cento e retrocedeu do patamar mais alto em quatro meses, com as ações japonesas caindo após um terremoto mortal em Kumamoto. Na Europa, o índice Stoxx 600 recuava 0,2 por cento às 10h46, horário de Londres, com as ações da Volkswagen AG caindo 1,7 por cento depois que dados mostraram que a participação da fabricante de veículos no mercado europeu caiu para o nível mais baixo em cinco anos. Os futuros do S&P 500 caíram 0,2 por cento.

Reunião em Doha

No domingo, países-membros da Opep e a Rússia se reunirão em Doha para discutir o congelamento da produção de petróleo nos níveis de janeiro para tentar estabilizar os preços. Como os participantes da reunião respondem por 60 por cento da produção global, o resultado do encontro será acompanhado com atenção pelos analistas do petróleo, mesmo alguns deles acreditando que impactará pouco na oferta independentemente do que for resolvido. Parece que o mercado de futuros do petróleo está de acordo com esse sentimento, porque a commodity está caindo pelo terceiro dia consecutivo nesta manhã. O barril de West Texas Intermediate recuava 51 centavos de dólar, para US$ 40,97 às 11h02, horário de Londres.

Brasil

O outro acontecimento importante para os investidores neste fim de semana será a política no Brasil, onde uma tentativa de última hora para impedir uma votação de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Supremo Tribunal Federal foi rejeitada. Agora, a votação ocorrerá no domingo. Os mercados consideram o afastamento de Dilma como um acontecimento positivo para o país e para a economia global. A votação, marcada para as 14 horas, horário de Brasília, é tão importante no Brasil que os jogos de futebol estão sendo reprogramados e telas gigantes foram instaladas ao ar livre para transmitir o procedimento.

Ajuste no Goldman

O Goldman Sachs, que publicará seu balanço na próxima terça-feira, empreenderá a maior iniciativa de redução de custos em anos porque está enfrentando uma queda nas operações e nas transações. O JPMorgan e o Bank of America, que divulgaram seus balanços nesta semana, também mostraram que estavam diminuindo custos mais do que o previsto para enfrentar a queda da receita.